ATA DA SEXAGÉSIMA SESSÃO
ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 27-6-2016.
Aos vinte e sete dias do
mês de junho do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram
presença Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton,
Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela,
Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Rodrigo
Maroni e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou
abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, registraram presença Airto
Ferronato, Clàudio Janta, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, José
Freitas, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano
Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Sofia
Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados:
o Projeto de Lei do Legislativo nº 134/16 (Processo nº 1408/16), de autoria de
Adeli Sell, Clàudio Janta, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony,
Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Sofia
Cavedon e Tarciso Flecha Negra; o Projeto de Lei do Legislativo nº 108/16
(Processo nº 1132/16), de autoria de Mario Manfro; e o Projeto de Lei do
Legislativo nº 098/16 (Processo nº 1045/16), de autoria de Mendes Ribeiro. Também, foi
apregoado o Ofício nº 577/16, do Prefeito, encaminhando Veto Total ao Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 028/14 (Processo nº 2398/14). Após, por
solicitação de Cassio Trogildo e Delegado Cleiton, foi realizado um minuto de
silêncio em homenagem póstuma a Luís Carlos Melo Lopes, a Moura do Cavaco, a
Ivan Souza Santos e a Sara Votto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
Clàudio Janta, Rodrigo Maroni e Delegado Cleiton. Na ocasião, foi aprovado
Requerimento verbal formulado por Engº Comassetto, solicitando alteração na
ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em prosseguimento, foi iniciado o
período de COMUNICAÇÕES, hoje destinando a homenagear Flávia Sartini Volkmer, primeira
técnica de nutrição e dietética registrada no Conselho Regional de
Nutricionistas da Segunda Região, nos termos do Requerimento nº 062/16
(Processo nº 1399/16), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa:
Guilherme Socias Villela e Cassio Trogildo, presidindo os trabalhos; Flávia
Sartini Volkmer; e Rosana Carolo. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Engº
Comassetto, representando a Mesa Diretora, Rodrigo Maroni e Prof. Alex Fraga,
este em tempo cedido por Guilherme Socias Villela. Após, o Presidente concedeu a palavra a
Flávia Sartini Volkmer e a Rosana Carolo, que se pronunciaram sobre a presente
solenidade. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Luciano Marcantônio, Dr.
Thiago e Airto Ferronato. A seguir, o Presidente convidou Engº Comassetto e Guilherme
Socias Villela a procederem à entrega, a Flávia Sartini Volkmer, de Diploma
alusivo à presente solenidade. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Adeli Sell e
Idenir Cecchim. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Jussara Cony. Em GRANDE
EXPEDIENTE, pronunciou-se Adeli Sell, em tempo cedido por Waldir Canal. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Reginaldo Pujol, Jussara Cony, Bernardino
Vendruscolo e Fernanda Melchionna. Às dezesseis horas e trinta e dois minutos,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA.
Após, foi aprovado Requerimento de autoria de Bernardino Vendruscolo,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 289/14 (Processo nº 3042/14). Também, foram apregoadas as
Emendas nos 02 e 03, assinadas por João Carlos Nedel, ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 289/14, e foi aprovado Requerimento de autoria de João
Carlos Nedel, solicitando que essas Emendas fossem dispensadas do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Engº Comassetto, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
067/16 Processo nº 1521/16), por vinte e dois votos SIM, após ser encaminhado à
votação por Engº Comassetto, em votação nominal solicitada por Engº Comassetto,
tendo votado Adeli Sell, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, José Freitas, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luciano
Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Márcio Bins Ely,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol e Tarciso
Flecha Negra. Após, foram aprovados Requerimentos verbais formulados por Márcio
Bins Ely e Reginaldo Pujol, solicitando alterações na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Também, foi constatada a existência de
quórum deliberativo, em verificação solicitada por Cassio Trogildo. Em
Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 082/16 (Processo nº 0934/16), por vinte e oito votos SIM, tendo votado Adeli
Sell, Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Guilherme Socias
Villela, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 056/16 (Processo nº 0647/16), por vinte e oito votos SIM,
tendo votado Adeli Sell, Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dinho
do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, José Freitas, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos
028 e 068/16 (Processos nos 1506 e 1555/16, respectivamente). Após,
foram aprovados Requerimentos verbais formulados por Clàudio Janta e Marcelo
Sgarbossa, solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria constante
na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução
nº 051/15 (Processo nº 2726/15). A seguir, foi constatada a existência de
quórum deliberativo, em verificação solicitada por Cassio Trogildo. Em Votação
Nominal, 1º Turno, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/13
(Processo nº 0471/13), o qual foi encaminhado à votação por Engº Comassetto,
Dr. Thiago, Dr. Goulart, Clàudio Janta e Mauro Pinheiro. Na oportunidade, Engº
Comassetto formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos
constantes no pronunciamento de Dr. Thiago durante o encaminhamento à votação
do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/13. Também, Clàudio Janta apresentou
Requerimento solicitando o adiamento, por uma sessão, da votação do Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 001/13, proposição posteriormente retirada pelo autor.
Em Discussão Geral e Votação, esteve a Indicação nº 051/14 (Processo nº
2399/14), a qual, após ser encaminhada à votação por Marcelo Sgarbossa,
Fernanda Melchionna e Idenir Cecchim, teve sua votação adiada por duas sessões,
em face da aprovação de Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa. Durante a
sessão, Tarciso Flecha Negra, Clàudio Janta, Márcio Bins Ely e Adeli Sell
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença,
neste Plenário, de Cassiá Carpes, ex-vereador deste Legislativo. Às dezessete
horas e quarenta e nove minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada por Tarciso Flecha Negra, o Presidente declarou
encerrados os
trabalhos, convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio
Trogildo e Guilherme Socias Villela e secretariados por Paulo Brum. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Esta
Presidência solicita um minuto de silêncio pelo falecimento, na manhã desta
segunda-feira, às 7h30min, de um grande ídolo colorado dos anos de 1970, o
Caçapava, cujo nome de batismo era Luís Carlos Melo Lopes. Esse grande ídolo
colorado muito deixou escrito na história do futebol do Rio Grande do Sul e do
Brasil, tendo jogado com Falcão, Carpegiani, Batista e tantos outros ídolos do
futebol gaúcho e brasileiro.
O
SR. DELEGADO CLEITON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de
silêncio pelo falecimento do Sr. Moura do Cavaco, grande compositor e músico da
cultura do Rio Grande do Sul; do Sr. Ivan Souza Santos, o Seco, e da menina
Sara Votto, que, infelizmente, em um assalto, na quinta-feira, foi assassinada.
O
SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Hoje é um dia de muita tristeza para todos nós,
jogadores de futebol, ex-atletas. Quantas vezes peleamos com Caçapava nos
campos de futebol. Era uma pessoa muito digna, muito justa dentro do campo de
futebol. Não perdemos só um ídolo do futebol, Presidente, perdemos um grande
cidadão. Eu ouvi a fala do Falcão, do Valdomiro, do Carpegiani. A humildade que
essa pessoa deixa, a linda vida que ele teve depois que parou de jogar futebol,
ajudando sempre o seu time de coração. Que Deus abençoe e ilumine sua alma.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, o nosso partido hoje acorda de luto por perder esse grande homem,
uma pessoa com que convivemos muito, uma pessoa humilde, que levava alegria
aonde ia. O nosso partido hoje está luto não somente em Porto Alegre, no Estado
do Rio Grande do Sul, mas em
todo o nosso País, com a grande perda desse grande homem.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Deferimos os pedidos.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, hoje é um dia muito triste para o nosso partido, o Solidariedade,
que perde um dos seus membros e dirigentes, o Caçapava, que vinha nos ajudando
a construir esse partido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil, uma
pessoa com que aprendemos, nesses dois anos e oito meses de partido, a
conviver, a conhecer; uma pessoa como o Tarciso, dedicou a sua vida a trabalhar
com as crianças, a levar até as crianças a questão do esporte, mostrando que é
possível afastá-las das drogas, afastá-las desse outro mundo por meio do
esporte, permitindo a elas esperança de um mundo através do esporte.
Ele
era uma pessoa de coração imenso, coração aberto, de sorriso largo. Em campo,
um gladiador, uma pessoa que ocupava todos os espaços de um campo; na vida, uma
pessoa que ocupava todos os espaços nos corações e mentes das pessoas, com sua
humildade, com seu carisma. Ele nos deixa muito cedo, deixa uma lacuna na vida
pública e no nosso partido. Ontem mesmo, ainda o esperávamos, Cassio, no
Beira-Rio, quando a família disse que ele tinha sido hospitalizado em Caçapava
do Sul, sua cidade natal, onde ficou. É com muita tristeza e dor que perdemos
este companheiro – nós e o Rio Grande do Sul, as pessoas que conviveram com
ele, sua família, amigos e, principalmente, como eu disse aqui, as crianças, os
jovens, que ele levava nas caravanas do seu clube, o Sport Club Internacional,
no interior do Estado e aqui na nossa Cidade. É com muita lástima, com muita
dor que a gente fala, no dia de hoje, nesta segunda-feira, nesta dor que todo o
Rio Grande do Sul está sentindo, não somente o nosso partido, mas todo Estado,
por essa pessoa querida e carismática que parte e deixa essa lacuna muito
grande.
Também
queria fazer um comunicado: nesta quinta-feira ocorreu o final das eleições do
Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, o maior sindicato da iniciativa
privada da nossa Cidade, da capital de todos os gaúchos, sendo reeleita a Chapa
1, que tem como líder o companheiro Nilton Neco, candidato a Presidente, com
98% dos votos. Havia uma urna fixa na sede do sindicato, no departamento médico
e mais 16 urnas itinerantes nas lojas do Centro, em shopping centers. Esteve presente, além do Vice-Presidente Nacional
da Força Sindical, o Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, o
Ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo Nogueira, na apuração dos votos, também
os demais líderes de outras entidades sindicais, e a chapa 1 foi eleita com 98%
dos votos. Eu sou membro e também participo dessa chapa, com a qual nós vamos
seguir lutando para melhorar a vida dos trabalhadores e, principalmente, para
acabar com a informalidade que há no Centro e nos bairros de Porto Alegre, que
vem tirando o emprego, o sustento das pessoas. Era isso, Sr. Presidente, que
tínhamos para falar em Liderança do nosso partido. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, Sr. Presidente, demais
Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, colegas aqui da Câmara;
também quero fazer uma breve saudação, apesar de não o ter conhecido, Janta, ao
meu parceiro de partido, o Caçapava, esta é uma situação delicada, mas acredito
que há uma vida além desta, então acho que ele está num lugar melhor.
Seguramente, o Caçapava foi uma figura reconhecida não somente pelo trabalho
social, mas também pelo que significou na paixão de muitos torcedores colorados
de todo Estado.
Queria
também comentar que ontem à noite, por volta das 20h30min, fui chamado pelo
coordenador da Polícia Volante Civil e pelo pessoal que representa o Instituto
de Perícia, que estava acompanhando na Vila Limite, que é passando o bairro
Teresópolis, no final da rua, o assassinato de um rapaz, que foi alvejado, provavelmente vocês
acompanharam pela imprensa. Lá morreu um jovem que literalmente foi alvejado
não se sabe bem por quantos, mas acharam-se 20 cápsulas, ou seja, 20 tiros o
atingiram, levando ao óbito. E quero, inclusive, aqui agradecer à Polícia pelo
trabalho parceiro que tem feito comigo em todos os sentidos, desde o pessoal da
Brigada Militar, e hoje a Polícia Civil me acompanha em diversos casos de
maus-tratos, de abandonos.
Eu
bato tanto na mesma tecla aqui sobre a importância da Delegacia dos Animais, e
muitas vezes as pessoas acham repetitivo, cansativo, mas é porque ela é
inexistente e efetivamente hoje não há a quem recorrer. Inclusive, um dos meus
projetos que está tramitando aqui é para minimizar essa situação, colocando
alguns guardas, seis ou sete, da Guarda Municipal – na qual há vários parceiros
da causa animal, que se preocupam com animais –, para que eles cumpram esse
papel aqui em Porto Alegre, algo que hoje, infelizmente, não existe. Fala-se
muito da Polícia Ambiental e da Delegacia da Polícia Ambiental, mas, no
efetivo, na prática, não acontece o que deveria acontecer, que é evitar crimes
e, mais do que isso, punir criminosos dos mais diversos.
Eu bato diariamente sempre na mesma tecla aqui: não vi
nenhum indivíduo que cometeu um crime contra animal dos mais perversos, como
assassinato, estupro, até atropelamento, que são diários, abandono e
maus-tratos... O ex-Prefeito Villela me perguntava aqui, quando conversávamos
anteriormente, se é comum as pessoas abandonarem os animais. Não só é comum
como, lamentavelmente, é um número absolutamente amplo de animais abandonados
pelos mais diversos motivos fúteis, sendo isso um crime na teoria, mas
seguramente não acontece nada contra isso, tanto que são centenas de casos em
todos os Municípios. Isso acontece principalmente no Litoral, quando o pessoal,
de repente, resolve: “Ah, eu quero viajar e não tenho com quem deixar o meu
cãozinho ou meu gato, então eu vou para praia, deixo lá e abandono”. O número é
muito amplo, aqui em Porto Alegre também, principalmente na periferia. Os
animais, por serem leais e fiéis, costumam voltar a seus donos, então, eles são
abandonados longe de casa. Há caso de abandono de animais a cerca de 10
quilômetros da moradia, e, assim mesmo, o animal acha sua residência – o que
mostra um nível de lealdade absolutamente comprovado. Mas, se há seres humanos
que abandonam, se há pai que não assume filho, não vai ter quem abandone
animais? Isso é garantido.
Sobre
o caso de ontem, Presidente Cassio, eu quero dizer por que fui chamado pela
Polícia. A Polícia me diz que, às vezes, desmonta rinha, prende os envolvidos,
porque é crime, e os animais ficam na delegacia, não têm para onde os levar. O
Santana, do DEIC, que é um amigo meu, que fez uma apreensão em uma rinha, não
tinha para onde levar os animais. Quando há crime, os animais ficam. E ontem o
que ocorreu foi o seguinte: dos 20 tiros, um atingiu uma cadelinha chamada Lola,
que era de uma senhora que morava no local onde o moço foi alvejado. O tiro a
perfurou, entrando pela perna e saindo pelas costas. Inclusive, ela agora está
em atendimento na veterinária entre a vida e a morte, mas nós vamos lutar para
que sobreviva. E por isso fui chamado ontem pela Polícia. Lamentavelmente esses
casos não são individuais, ex-Prefeito Villela, e ocorrem diariamente. Graças a
Deus, a Polícia tem trabalhado em parceria comigo, chamado-me nesses casos,
para que consigamos minimizar um pouco.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ENGº COMASSETTO
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem dos trabalhos,
para que possamos, imediatamente, entrar no período de Comunicações. Após
retornamos à ordem normal.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. Engº Comassetto. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O
Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público
que aqui nos assiste e também pela TVCâmara, colegas e funcionários desta Casa,
agora, eu estava ouvindo o colega Rodrigo Maroni, da sua preocupação com os
animais, da sua preocupação com seus projetos direcionados aos animais, e quero
dizer que, hoje cedo, numa reportagem da Rádio Gaúcha, fala-se que uma das
dificuldades que se tinha, muitas vezes, de um morador de rua ir para um abrigo
seria o fato de ele não poder levar seu cão, tendo que o deixar abandonado na
rua. Então, agora, a Prefeitura já está tentando sanar esse problema, criando
um espaço para os animais de moradores de rua nessas ocasiões de muito frio.
Mas
eu queria falar aqui, senhores, é dos humanos direitos. Fala-se muito em
direitos humanos, mas eu gostaria de inverter essa frase e falar dos humanos
direitos. Nos dois últimos fins de semana, participei de uma passeata: ontem,
pela menina Sara, que trabalhou aqui nesta Casa, foi estagiária, já a conhecia,
assim como a irmã dela, fora daqui. Ontem, nós fizemos uma caminhada em nome de
uma menina de 22 anos que foi assassinada brutalmente no bairro Cavalhada.
Domingo retrasado, participei, no bairro Humaitá, também de uma caminhada,
tendo em vista o assassinato de um menor de 17 anos, se não me engano. E assim
vai correndo o barco. Nos meus 25 anos como delegado de polícia, tenho visto
uma situação muito constrangedora nas pessoas hoje em dia, de ficarem
trancadas em casa, enjauladas em casa. É mais fácil ficar trancado dentro de
suas casas do que enfrentar o medo de sair para a rua. Isso acontece em todos
os bairros da Cidade, lamentavelmente não escapa um bairro. E a Polícia tem
feito o seu papel – isso eu gostaria de colocar para os senhores.
Nós estamos fazendo uma pesquisa, buscando dados
da Brigada Militar e da Polícia Civil, mas acompanho diretamente a Polícia
Civil – tenho a honra de pertencer a essa instituição –, temos feito um número
muito grande de prisões e apreensões. Eu gostaria de parabenizar o Denarc por
ter feito agora, nesse fim de semana, a maior carga de drogas, de crack. O delegado Carlos Santana, da
21ª, fez uma operação hoje no Beco dos Cafunchos. E os demais delegados estão,
também, a cada dia, demonstrando que, mesmo com a crise, eles estão ali,
diuturnamente, trabalhando em prol da segurança do Estado do Rio Grande do Sul.
Mas isso não basta, senhores. Nós temos ouvido por aí pessoas falando em matar.
Nós temos visto por aí pessoas divulgando que a melhor solução é pegar uma arma
e sair matando, olho por olho, dente por dente. Ontem, no movimento, depois da
passeata, ouvi uma pessoa falando que temos que contratar segurança privada.
Ainda bem que essa pessoa foi contestada por outra que estava perto e disse:
“Não, senhores. Nós já pagamos pela nossa segurança privada, que é a Brigada
Militar e a Polícia Civil. Nós já pagamos muitos impostos.”
Nós temos que exigir que se tenha gestão, isso
sim, que tragam 700 policiais que estão lá parados, policiais civis que
poderiam estar contribuindo – e é um número muito pequeno: 668 policiais civis,
bastava eles fazerem uma academia e entrarem para a linha de frente no combate
ao crime. Sabe-se que não há dinheiro; sabe-se que estamos vivendo uma crise
geral financeira em todo o País e no mundo, mas temos que aplicar em segurança.
Temos que buscar o entendimento de que segurança pública é primordial à
sociedade. Não podemos deixar governo nenhum colocar segurança pública em
segundo plano. Temos que investir em segurança pública a curto prazo. E ainda
bem que, depois de três ou quatro promoções não dadas, na semana passada foram
promovidos 2.108 policiais, se não me engano, entre brigadianos e policiais
civis. Aproveito este momento para saudar este fato. Muitos esperavam por isso;
alguns estavam na fila há muito tempo para serem promovidos.
Fico muito triste, porque fico procurando a
solução para a segurança pública e, infelizmente, não tenho achado. Bato nesta
tecla: segurança pública tem que ser um projeto de Estado e não de governo,
pois temos visto que, entra governo e sai governo, cada um vem com uma ideia
mágica, e não se alcança, infelizmente, o que queremos, que é poder sair de
casa com tranquilidade, poder ver nossos filhos voltarem sãos e salvos das
festas, das faculdades, e não estamos tendo, infelizmente, esta solução.
Eu tenho visto cada bairro, hoje em dia,
criando, Sr. Presidente, um grupo especial para falar de segurança pública,
pensando em soluções que, às vezes, nem praticáveis são, mas é pela ansiedade
das pessoas em querer ajudar a solucionar esta guerra urbana que estamos
vivendo. E, nesta guerra urbana, quem tem que ganhar é o cidadão de bem. Cana
neles, senhores! Cana neles.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Guilherme Sociais Villela assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Sociais Villela):
Passamos às
Hoje
este período é destinado a homenagear a Sra. Flávia Sartini Volkmer, primeira
técnica de nutrição e dietética registrada no Conselho Regional de
Nutricionistas da 2ª Região, nos termos do Requerimento nº 062/16, de autoria
da Mesa Diretora. Convidamos para compor a Mesa: a Sra. Flávia Sartini Volkmer
e a Sra. Rosana Carolo.
O Ver. Engº Comassetto, em nome da Mesa
Diretora, está com a palavra em Comunicações.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e
Vereadoras, prezadas convidas, Flávia e Rosana; quero aqui, em nome de todos os
colegas Vereadores e Vereadoras, desejar boas-vindas a todos e todas técnicas e
técnicos em nutrição que estão aqui hoje. Este período de Comunicações, Sr.
Presidente, aprovado pela nossa Mesa Diretora, tem por objetivo trazer à
sociedade de Porto Alegre o debate que está instalado no Brasil, que é o
reconhecimento da profissão dos técnicos em nutrição de Porto Alegre, do Rio
Grande do Sul e do Brasil. O projeto de lei que tramita no Congresso Nacional
de autoria da Deputada Federal Érica Kokay, que representa o Distrito Federal,
o PL nº 050/60, e hoje, aqui na Câmara Municipal, os técnicos de nutrição e
dietética do Rio Grande do Sul estão realizando o seu primeiro encontro
estadual.
Ver.ª
Jussara Cony, Ver. Adeli Sell, Ver. Idenir Cecchim, quero registrar que é
simbólico o dia de hoje – 27 de junho de 2016. Estamos, aqui nesta Casa, dando
oportunidade, espaço e tendo o prazer de receber os técnicos e as técnicas em
nutrição do Rio Grande do Sul no seu primeiro encontro estadual. O objetivo é
fazer com que essa profissão saia da invisibilidade e desenvolva, cada vez
mais, uma cadeia de relacionamento entre todos os profissionais que trabalham
no campo social, no campo da produção dos alimentos, no campo da saúde pública,
no campo do bem-estar, na defesa dos direitos humanos, na defesa da saúde com
qualidade, na defesa da constituição de políticas que venham a proteger o meio
ambiente, a diversidade, que venham a proteger também os profissionais que
trabalharam e que trabalham para que tenham o seu lugar garantido numa
sociedade que deve ser plural e que inclua.
Temos
o grande prazer e satisfação de estarmos aqui hoje dizendo, Ver. Adeli Sell,
que a nossa proposta é de aprovarmos o dia 27 de junho como o Dia Municipal dos
Técnicos em Nutrição e Dietética do Município de Porto Alegre. Esse trabalho
que foi desenvolvido... Quero aqui registrar a presença da Cristiana, técnica
em nutrição que desenvolveu todo esse trabalho junto conosco, com os Vereadores
e que tem feito um trabalho magnífico.
O Sr. Adeli Sell: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Louvo sua atitude e determinação por essa luta importante. Acredito
que, além disso, poderíamos inclusive subscrever um abaixo-assinado de todos os
Vereadores, porque, às vezes, a gente aprova uma moção, manda... Nós deveríamos
mandar, inclusive, por nossa conta e risco, para a Deputada, para o Congresso
Nacional. Ver. Engº Comassetto, V. Exa. sabe o quanto é difícil, no Ministério
e no Governo, aprovar regulamentação de profissão. Por isso nós já deveríamos
hoje iniciar abaixo-assinado, chamar os Vereadores da Região Metropolitana, do
Estado inteiro para fazer o mesmo aqui no Rio Grande do Sul. Que o Rio Grande
do Sul dê a sua contribuição.
O SR. ENGº COMASSETTO: Muito obrigado, Ver. Adeli Sell. Nesse
sentido é que propusemos a moção de apoio ao projeto de lei da Deputada Érica
Kokay, para que a profissão seja reconhecida nacionalmente. Agradeço a sua
manifestação, que vem ao encontro do que estão fazendo estes homens e estas
mulheres que trabalham no campo da alimentação saudável no dia de hoje, bem
como quero cumprimentar... (Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.) (Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)
Cumprimento hoje as profissionais que estão aqui conosco, na nossa Mesa: a
Rosana Carolo, que foi uma das precursoras, a fundadora dos cursos de técnico
em nutrição no Rio Grande do Sul, creio que muitos de vocês que aqui estão passaram
pela academia, na formação que a Rosana aqui representa como nutricionista, que
representa esse papel. Sr. Presidente, gostaria que V. Exa. me concedesse mais
uns segundos para concluir a homenagem à Flávia Sartini Volkmer, que está aqui
na Mesa, que também é homenageada desta Casa, pois foi a primeira técnica em
nutrição a ter sua inscrição, o seu registro no Rio Grande do Sul. Falo aqui em
nome dos 36 Vereadores e da nossa Mesa Diretiva por ser a primeira técnica em
nutrição registrada no Rio Grande do Sul.
A Sra. Fernanda
Melchionna:
V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Boa tarde. Quero
cumprimentar as técnicas em nutrição e dietética, cumprimentar o novo Conselho
Regional de Nutricionistas da nossa 2ª Região, que também acompanha a Sessão,
bem como os técnicos, na tarde de hoje. Cumprimento, Ver. Engº Comassetto, a
Mesa Diretora pela importante homenagem.
Achamos que são importantes esses dois temas
abordados na sua apresentação; primeiro, a questão da regulamentação da
profissão. Sabemos que, nesses tempos de tentativa de retirada de direitos e de
ataques à classe trabalhadora, é fundamental resguardar e conquistar mais
direitos. E a regulamentação das profissões é uma forma de garantir direitos às suas trabalhadoras, aos seus trabalhadores.
Aliás, um profissional tão importante para a boa qualidade dos alimentos é
fundamental tirar da invisibilidade, como o senhor trazia à pauta, e reconhecer
a importância deste profissional no processo de produção, de distribuição, no
gerenciamento da qualidade dos alimentos. Vamos reconhecer, no nosso calendário
municipal, esse dia 27 de junho, como está sendo proposto, como o senhor
falava, como a Cristiane falava e tantos outros colegas que lutam em busca de
reconhecimento, de valorização e, sobretudo, por uma alimentação
verdadeiramente saudável.
Quero
cumprimentá-lo pelo discurso e ao mesmo tempo endossar em nome do PSOL, em meu
nome, do Ver. Prof. Alex Fraga e não tenho dúvida que em nome da minha mãe
também, que é nutricionista, que é do Conselho Federal, que não está aqui em
Porto Alegre, mas que pediu que eu transmitisse nosso apoio à reivindicação, à
luta justa e necessária das técnicas e técnicos em nutrição dietética.
A Sra. Jussara Cony: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Em primeiro lugar, uma boa tarde a todos os Vereadores, à Mesa
constituída, ao Vereador e a todas as técnicas e técnicos de nutrição. Quero
cumprimentá-lo, Ver. Comassetto, por essa iniciativa. Falo aqui, Flávia Sartini
Volkmer, primeira técnica em nutrição registrada, e Rosana Carolo, como
profissional da área de saúde e farmacêutica, fiz as duas especializações a que
temos direito – Tecnologia de Medicamentos e Tecnologia de Alimentos – e o pós
nessa área de medicamentos. Lembro, neste momento em que estamos aqui na Câmara
homenageando, já nos comprometendo com a dinâmica que o Ver. Comassetto propõe
aqui, a frase famosa de Hipócrates, o pai da Medicina, que numa visão
multiprofissional e interdisciplinar na concepção que tenho, afirmou: “Seja teu
alimento teu remédio, seja teu remédio o teu alimento”.
Quero,
de uma forma rápida, porque o tempo está contra nós neste momento, primeiro
dizer que a regulamentação da profissão é estratégica, porque é uma profissão
estratégica para o setor de saúde, como técnico de enfermagem, como técnico
farmacêutico, porque são os que mais estão na ponta, nesse contato, com essa
visão multidisciplinar para garantia da saúde, a partir, inclusive, da porta de
entrada, e vocês sabem melhor do que qualquer um de nós esse significado. E
queria fazer um convite: no dia 29, agora, às 10h, na Assembleia Legislativa,
haverá uma reunião do Conselho Nacional de Saúde, que está percorrendo todo o
Brasil. E nesse momento preside o Conselho Nacional de Saúde meu colega
Farmacêutico Ronald Ferreira dos Santos, Presidente da Federação Nacional.
Estou fazendo aqui, de público, liguei para ele, esse convite para que vocês
vão nessa articulação com o Conselho Nacional de Saúde, em defesa do Sistema
Único da Saúde, tão ameaçado neste momento, e das nossas profissões de saúde
reconhecidas cada uma como fundamentais. Então, é um convite que eu faço
para participarem dessa reunião às 10h, no dia 29, na Assembleia Legislativa, é
uma iniciativa da Comissão de Saúde, com o Conselho Nacional de Saúde. É muito
importante que o órgão maior da representatividade das profissões de saúde
assuma também, que esteja em contato com vocês aqui no Rio Grande do Sul e em
todo Brasil. Parabéns por tudo que vocês são; como farmacêutica, eu os
considero estratégicos sem hegemonias, porque hegemonia faz mal à saúde.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. ENGº
COMASSETTO: Obrigado,
Ver.ª Jussara Cony.
O
Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Parabéns, Ver. Engº Comassetto, por esta pauta maravilhosa. Quero
cumprimentar aqui o nosso Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela,
cumprimentar a Flávia Sartini Volkmer, a Rosana Carolo; parabéns, em nome do
PSD, em meu nome, quero aplaudir a todas as pessoas que estão ali. Se eu, aos
sessenta e poucos anos, posso jogar meu futebol, é porque sempre no futebol
fomos acompanhados por técnicos para a nossa alimentação. A alimentação é tudo
na nossa carreira. No exercício físico, a nossa alimentação é importante.
Então, vocês estão de parabéns, eu estarei junto com vocês nesta luta; eu vejo
essa alimentação, que é a ideal para aquele baixinho que vem desde o colégio e
chegam na sua vida adulta com saúde e tranquilo. É importante. Parabéns a vocês
e contem com este Vereador. Parabéns, Comassetto.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. Tarciso.
O
Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) A nutrição, principalmente, olhando
para mim, que sou gordinho, comilão, é tão importante nos dias de hoje, já vem
de tempo que é importante, e acho que os nutricionistas e as nutricionistas,
mais elas, fazem um trabalho importante e, muitas vezes, invisível. É
importante na prevenção, no bem comer e não comer muito, mas comer bem. Então,
eu queria cumprimentar vocês – você, homenageada, e as colegas que estão nesta
homenagem – e dizer, em nome da minha bancada, do Ver. Valter Nagelstein, da Ver.ª Lourdes
Sprenger, do Ver. Mendes Ribeiro e em meu nome, que vocês são importantes e que
nós valorizamos e aplaudimos a profissão e as pessoas que vocês são.
O SR. ENGº COMASSETTO: Obrigado, Ver. Cecchim.
Para concluir a nossa fala, Sr.
Presidente, nós estamos propondo que seja votada hoje uma Moção de Apoio ao
projeto de lei que está no Congresso Nacional que regulamenta a profissão do
técnico em nutrição. Queremos cumprimentar a Flávia por ser a primeira técnica
em nutrição registrada do Rio Grande do Sul e todos os senhores e as senhoras,
por esta luta que se inicia e que certamente irá muito longe. Um grande abraço,
boa luta e muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme
Socias Villela): Obrigado,
Ver. Comassetto.
O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.
O SR. RODRIGO
MARONI: (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Eu
estava inscrito em Comunicações, poderia ter falado depois, mas peço, na
verdade, sensibilidade, porque resolvi falar agora para reforçar, porque todos
falarão de outros assuntos, e eu quis reforçar a importância do trabalho de
vocês. Eu tive duas namoradas na adolescência, na época da faculdade, que eram
da nutrição...
(Aparte
antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)
O SR. RODRIGO MARONI: Só duas, Valter! Não, só duas! Por sinal,
não tive muitas namoradas, foram duas das poucas que tive. Eu era um estudante
de história e passei a conviver, por quase cinco anos, naquele meio, tendo um
relacionamento não só com as duas, mas com o curso em si e com as colegas e os
colegas que faziam parte.
Uma
coisa que acho importante ser falada aqui, por isso eu pedi a palavra em
Comunicações, é que, lamentavelmente – e elas era nutricionistas –, os técnicos
pagam um preço muito alto e não têm o reconhecimento nem o salário que aqueles
que são formados na faculdade têm. Na minha opinião, a faculdade faz um monte
de imbróglios nos primeiros semestres e no meio, para ganhar dinheiro, muitas
vezes ter faturamento, e o essencial é o mesmo, tanto que, na ponta, quem
atende e quem resolve, na grande maioria das vezes, são os técnicos. Nos
hospitais e em outros locais – eu estava aqui pesquisando diversos setores da
alimentação como etapas de processo produtivo, compras, seleção, transporte,
estocagem, preparo, distribuição, segurança alimentar, coletividades enfermas e
sadias, manipulação, comércio formal –, os técnicos trabalham, e eu te
pergunto: que diferença tem de um curso de nutrição para um curso de técnico em
nutrição? O que se aprende a mais? Deve haver diferenças; seguramente tu, que
tens mais profundidade, sabes.
Agora,
eu gostaria de ter a garantia de saber que vocês têm o reconhecimento e o
fortalecimento como se fossem profissionais que fizeram faculdade, porque eu
acho isso lamentável no Brasil, entendeu? Eu fiz o curso de história, depois
fiz um curso técnico de professor de ioga, e eu digo para vocês, com toda a
garantia do mundo: se eu pudesse escolher, eu teria ido para o técnico direto,
para entrar no mercado de trabalho, a vida pede pressa! O rapaz, muitas vezes,
está no 2º Grau, isso é bom, porque ele já sai com uma profissão, sai com um
salário, mas os técnicos não podem ficar transitando com essa dificuldade
depois da profissão e serem malremunerados. Para subirem na carreira, já
trabalhando, muitos têm que pagar uma faculdade e ficar se matando para acrescentar
valor aos salários. Então essa é a grande questão.
Especificamente
sobre a questão da profundidade alimentar, aqui a gente pode dar discursos dos
mais diversos. Eu sou um cara sanfona, às vezes estou gordinho; às vezes estou
magrinho. Entrei aqui com oitenta e poucos quilos, entendo bastante do que é
uma alimentação saudável e, fundamentalmente, o quanto a população come mal, o
quanto as pessoas hoje aprendem e ensinam a comer mal, e assim vão até a
velhice. E as doenças que matam hoje são doenças cardiovasculares, 99%, ataque
do coração, ou câncer. Doenças geradas pelo quê? Pela comida. Alguém tem dúvida
de que são geradas pela comida? Não tenho. A gente, inclusive, acorda e dorme
com a energia da comida, ou seja, a comida é estruturante, assim como a água e
o sono – os três fundamentos que garantem uma boa qualidade de vida. É óbvio
que há os elementos esportivos, mas aquilo que mantém o ser humano saudável e o
que vai resultar no seu final são essas três coisas.
Para
finalizar, quero dizer que apoio a Moção. Se tiver que votar algum projeto, eu
voto. Tenho acordo pleno com a pauta do Engº Comassetto, que trouxe esse
debate. E quero pedir a vocês, meninos e meninas, sensibilidade, porque as
pessoas que trabalham com o outro são pessoas sensíveis. Uma pessoa que
trabalha com o outro é uma pessoa sensível. De alguma maneira, ela não é
individual, e vocês ainda mais, porque não é por dinheiro. Levanta a mão aí
quem é rico! Não tem, seguramente. O trabalho de vocês é por amor. E esse amor
eu queria pedir também que vocês transferissem aos animais nos seus locais de
trabalho, nas suas famílias, com seus colegas, é a sensibilidade da causa
animal com a qual eu trabalho dia a dia, dia e noite, porque são muitos
maus-tratos, muito abandono. Eu estava comentando que ontem eu peguei um animal
com um tiro. Muito obrigado pela presença de vocês.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): O Ver. Prof.
Alex Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo deste
Vereador.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa tarde, senhoras e senhores que
assistem aos nossos trabalhos na tarde de hoje. Gostaria de agradecer
especialmente ao Ver. Villela pela cedência de tempo neste período de
Comunicações.
Neste
momento, nesta brecha, dentro da Câmara de Vereadores, aberta em prol dessa
categoria de trabalho – técnicos em nutrição –, é extremamente fundamental vir
à tona este debate, visto que a saúde tem que ser analisada como um processo
complexo e trabalhada em diferentes frentes, para que nós possamos avançar em
busca de qualidade de vida para toda a nossa população. Como professor, eu vejo
como fundamental a presença desses profissionais em todos os espaços escolares.
Diz-se
muito que a saúde começa pela boca, mas não apenas pela odontologia. Uma
alimentação saudável, sem riscos, e a garantia da qualidade dos alimentos e das
boas práticas alimentares podem ser – e são! – garantidas pelo trabalho
qualificado dos técnicos em nutrição. Esses profissionais vêm a qualificar os
espaços, os cardápios nas escolas e, principalmente, a conservação dos
alimentos, que podem fazer tanto mal para uma criança em desenvolvimento, assim
como para uma pessoa em qualquer faixa etária. O meu irmão – irmão do meio, eu
sou o mais velho – é fiscal sanitário do Município de Porto Alegre, e ele
percebe, durante as suas andanças, nos estabelecimentos comerciais, nos
restaurantes, verdadeiras barbaridades no Município de Porto Alegre.
A
presença de vocês e do trabalho que desempenham na sociedade é fundamental para
que nós tenhamos, principalmente, segurança alimentar. Eu fiz questão de fazer
esta manifestação justamente pela importância que tem, no dia a dia tão
problemático – testemunho isso através dos relatos do meu irmão –, a questão da
qualidade dos alimentos. Não poderia me calar frente a essa realidade. O
trabalho de vocês, técnicos em nutrição, garante, acima de tudo, qualidade de
vida e uma alimentação segura para a nossa população. A regulamentação já é
tardia. Ela deve ser feita, está demorando demais. Precisamos, para que todas
as profissões possam desempenhar o melhor das suas atividades laborais, que
sejam, num primeiro momento, regulamentadas, reconhecidas, que seus espaços de
trabalhos sejam respeitados. Portanto, eu me somo às manifestações da Ver.ª
Fernanda Melchionna, do meu partido PSOL. Mais uma vez agradeço ao Ver. Villela
pela oportunidade de manifestar meu ponto de vista e essa minha vivência. Como
tenho um irmão que trabalha diretamente na Vigilância Sanitária, sei da extrema
importância que é o cuidado com os alimentos. Precisamos de qualidade para a
nossa população, e o trabalho de vocês, com certeza, garante isso. Que venha a
regulamentação tão esperada! Boa tarde!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Sra. Flávia Sartini Volkmer e a Sra.
Rosana Carolo estão com a palavra.
A SRA. FLÁVIA
SARTINI VOLKMER: Boa tarde. Eu quero agradecer a homenagem a todos os
Vereadores, principalmente à colega Cristiane e a todos os técnicos que estão
aqui, sintam-se todos homenageados, porque é para a nossa categoria e não
apenas para um profissional. Acho que todos estamos aqui pela luta do PL, pela
nossa profissão. Todos somos valorizados, somos como o recheio do sanduíche,
mas aquele sanduíche que faz a diferença na vida de cada um. Muito obrigada, eu
me sinto muito feliz. Agradeço aos colegas, aos profissionais e a todos que
passaram pela minha vida durante esses 15 anos de profissão. Obrigada.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. ROSANA
CAROLO:
Boa tarde a todos. Estou aqui mais para um testemunho pessoal da importância do
técnico em nutrição e dietética na equipe de saúde. Fui conselheira regional no
Conselho Regional de Nutricionistas; fui conselheira federal. Fui colega da
Sandra Melchionna nesta gestão. Quando eu estava no Conselho Federal em
Brasília, estávamos batalhando para a regulamentação dos técnicos e também para
mudar o nome do conselho, hoje somos Conselho de Nutricionistas e temos que ser
Conselho de Nutrição. (Palmas.) Sempre que tentávamos entrar com um projeto de
lei, éramos ameaçadas de desregulamentação da profissão de nutricionista. Essa
moeda a ser paga era muito cara. Mas nós não desistimos. Eu mesma fui responsável pela criação
de dois cursos técnicos em nutrição dietética, um foi no Instituto de Cardiologia,
onde eu trabalhei por 16 anos, e o outro no Universitário de Gravataí. Nos dois
eu tive a coordenação e fui professora do curso. Também trabalhei 16 anos
frente à chefia, na coordenação do serviço de nutrição dietética do Instituto
de Cardiologia, nele eu pude fazer a contratação de vários técnicos. Muitos
estão aqui nessa plateia, foram meus alunos ou trabalharam comigo.
Então,
é uma grande honra ter sido convidada pela minha amiga pessoal e técnica em
nutrição e dietética, Cristiane Coelho, para estar aqui e dar o meu depoimento
sobe a importância do técnico em nutrição dietética, não atrás do
nutricionista, por uma questão de escala, de graduação, de hierarquia, mas ao
lado. Eles são os nossos braços, as nossas pernas e várias vezes a nossa cabeça,
porque nos ajudam e colaboram para que o serviço de alimentação e nutrição
tenha muito mais valor, muito mais eficiência e qualidade. Parabéns aos
técnicos.
Só
para registrar que hoje, dia 27, foi sacramentado, porque foi criado esse dia
em função da criação do primeiro curso de economia doméstica e artes aplicadas
e dietéticas no ano de 1961. Esse curso, então, passou a se chamar técnico em
nutrição e dietética, e desde lá – eu não era nem nascida, faltavam dois anos –
a gente tenta regulamentar essa profissão e não consegue. Então, vamos apoiar
esse PL, vamos apoiar também a data que o Vereador está propondo e regulamentar
essa profissão tão importante para o cenário. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias
Villela): Muito
obrigado, Sra. Rosana Carolo.
(O
Ver. Cassio Trogildo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Luciano Marcantônio está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Obrigado, Presidente Cassio e demais colegas. Eu
não poderia deixar passar a oportunidade de registrar o quanto, para a
Secretaria Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de Porto Alegre, o
serviço das nutricionistas foi determinante no sucesso do nosso Restaurante
Popular. Quero dizer que esse trabalho integrado com a sociedade civil, que é o
Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, com a nossa
coordenação administrada pela Eveline, pela Rejane, foi fundamental para que a
Prefeitura de Porto Alegre, pela primeira vez, oferecesse o serviço de refeição
de altíssima qualidade praticamente gratuito para aquelas pessoas que mais
precisam.
Nós assumimos a Coordenação de Segurança
Alimentar em janeiro de 2013, transferida pela FASC, e buscamos cada vez mais
potencializar o trabalho das nutricionistas, das técnicas em nutrição, das
pessoas que resolvem essa política tão importante, que fez com que também o
nosso Brasil crescesse muito na questão de dar uma alimentação de mais
qualidade para as pessoas que mais precisam. Isso foi em todos os Governos, mas
principalmente no Governo Federal foi feita uma política, através do Ministério
de Desenvolvimento, no sentido de fazer com que, por meio de uma rede em que
participam a sociedade civil e os Governos, essa alimentação chegasse
principalmente para os irmãos lá do Norte e Nordeste, que tanto precisavam da alimentação, porque a base de tudo é a
alimentação. Claro que sabemos que a educação é importante, mas, se não há um
trabalho sério que faça com que tenha uma regra a questão alimentar, e isso é a
função das nutricionistas, nós não teremos aquela alimentação necessária para
que as famílias possam tranquilamente levar os seus filhos, os seus
adolescentes para as escolas, e lá também tem um trabalho da nutrição. Ou seja,
quem não sabe ainda a importância da política de segurança alimentar e o papel
decisivo da nutricionista nesse processo todo, que envolve principalmente as
Prefeituras do Brasil inteiro? É realmente importante buscar esse conhecimento e
esse aprendizado, para cada vez mais defender políticas que fortaleçam o papel
do nutricionista, o papel do técnico em nutrição.
Eu só tenho a agradecer a tudo o que nós
construímos juntos por meio do Conselho Regional, do Conselho Estadual e do
nosso Conselho Municipal de Segurança Alimentar. Através do nosso Restaurante
Popular, servirmos mais de 600 refeições diárias, onde temos sete
nutricionistas, contratadas pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, as
quais fazem um trabalho exemplar que é elogiado pela mídia e pela fiscalização.
Tenho o maior orgulho em ter feito parte desse processo. Muito obrigado. Contem
sempre comigo.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Presidente, na semana passada, eu protocolei um
projeto de lei nesta Casa que inclui a efeméride Dia do Nutricionista.
Protocolei esse projeto no dia 20 de junho e queria entregar para vocês uma
cópia da lei.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO: Caro
Presidente, cara Flávia e Rosana, técnicos de nutrição, membros do Conselho
Regional de Nutrição, eu subo aqui para dar os parabéns pela assunção e
principalmente pelo trabalho dos nutricionistas e técnicos de nutrição aqui em
Porto Alegre.
No ano de 2013, tivemos a oportunidade de
trabalharmos juntos, quando houve a possibilidade de inserir, no conjunto de
regramentos da Cidade, um cuidado maior com os pacientes bariátricos, Ver.
Luciano Marcantônio. Os pacientes bariátricos têm grande dificuldade, mesmo
depois da cirurgia de redução de estômago, de se integrar à sociedade. Eles
sofrem de uma compulsão, pois comer demais também é um problema de saúde.
Muitos de nós não têm sobrepeso ou obesidade porque querem – falo isso me
usando como exemplo –, mas, muitas vezes, por ansiedade ou por situações que
acabam fazendo com que a nossa assimilação seja maior do que a da maioria das
pessoas.
Uma das estratégias extremas utilizadas pelas pessoas que têm esse problema de
saúde – obesidade mórbida ou obesidade extrema – é a cirurgia bariátrica. Nós
propusemos, naquele momento, um projeto de lei que acabou sendo aprovado pela
Casa, sancionado e hoje é uma regra aplicada em muitos estabelecimentos
comerciais. Os bares, restaurantes e similares viram a questão da lei para os
bariátricos como uma oportunidade de negócio. Conseguimos, através da atuação
dos grupos de operados bariátricos e, também, do Conselho de Nutricionistas,
sensibilizar esse importante setor econômico da sociedade. Hoje muitos
restaurantes oferecem desconto para paciente bariátrico operado, ou a
possibilidade de meia porção, entendendo que esse paciente não deve ser
estimulado a uma hiperalimentação. Esses bares, restaurantes e similares
acabaram, a partir da efetivação dessa lei, tendo essa grande oportunidade de
negócio, tendo a possibilidade de amparar e receber esses pacientes
bariátricos. Essa construção legislativa só foi possível com a presença e a
participação das senhoras e dos senhores: do Conselho de Nutrição, das técnicas
de nutrição e das nutricionistas. Eu quero render a mais profunda homenagem à
participação de vocês. A Luciana, naquele episódio, esteve participando das
nossas reuniões, incentivando os grupos vinculados a esses pacientes. Sem
dúvida nenhuma, pudemos apresentar à Cidade uma legislação que torna os
operados bariátricos mais integrados na nossa sociedade.
Hoje nós sabemos que a obesidade talvez seja,
das patologias modernas, a que mais mata. As suas decorrências e as suas
consequências são visíveis na qualidade e na expectativa de vida das pessoas. E
vocês têm feito um trabalho muito importante nesse aspecto.
Para concluir, digo que quero ver cada dia mais
nutricionistas e técnicas de nutrição colocadas e absorvidas no Programa de
Estratégia de Saúde da Família. Eu
acho que somente dessa forma se vai poder fazer prevenção genuína e promoção da
saúde, e não se continuar tratando somente a doença. Então, a presença do
técnico de nutrição e do nutricionista nas equipes de Estratégia de Saúde da
Família é fundamental para que possamos, sem dúvida nenhuma, ter uma saúde
melhor. Parabéns ao trabalho que todos vocês prestam à população de Porto
Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto Ferronato está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo;
quero trazer a nossa saudação à Flávia Volkmer, que é a nossa homenageada desta
tarde aqui na Câmara; também quero cumprimentar a Rosana Carolo, do Conselho
Regional de Nutricionistas; um abraço a todos as Sras. Vereadoras e os Srs.
Vereadores; senhoras e senhores que estão conosco, falo aqui em meu nome, em
nome do meu Partido, PSB, e também em nome do nosso Ver. Paulinho Motorista.
Quero dizer que é uma homenagem interessante, até por ser o primeiro registro
da profissão de técnico de nutrição no Conselho Regional; é algo que merece uma
atenção toda especial. Sou contador e o meu número, já há 30 anos, é 27.221 –
veja a importância que é ser a primeira. Portanto, a nossa saudação, o nosso
abraço e os cumprimentos pelo conquista, que é uma conquista de todos os
técnicos e técnicas de nutrição dietética. E também sei que as senhoras e os
senhores estão aqui nessa luta que é a aprovação de um projeto de lei lá no
Congresso Nacional, que busca a regulamentação da profissão de técnico de
nutrição e dietética, e também sei que nós, homens e mulheres, primeiro,
cidadãos e cidadãs, compreendemos nos dias atuais, no mundo atual, a
importância que é a nutrição correta para nós enquanto pessoas. A importância
da boa e adequada alimentação expressa a importância da profissão de vocês no
contexto da Cidade, do Estado e da nossa Pátria, Brasil.
Em
relação à luta de vocês para conquistar a regulamentação da profissão,
registro, em meu nome e do Ver. Paulinho Motorista, o nosso amplo, total e
completo apoio. E já nos colocamos às ordens, aqui na Câmara – quando quiserem,
venham ao meu gabinete -, que vamos telefonar para os nossos Deputados, em
Brasília, para que votem favoravelmente ao projeto e para que busquem a
aceleração na votação. Até porque a experiência nos diz que projetos têm um
trâmite bastante longo, essencialmente em Brasília, se não há uma mobilização
da urgência de votação, o projeto pode demorar. Estamos junto com vocês nessa
luta, não porque vocês estão aqui, mas porque compreendemos e, repito, enquanto
pessoas, homens e mulheres, sabemos da importância da profissão. Se ela é
importante para nós, enquanto Vereadores e Vereadoras de Porto Alegre, temos
que estar juntos nesse processo, buscando mobilizar, politicamente, os nossos
partidos lá em Brasília para que abracem conosco e com vocês, essencialmente, a
causa pela necessidade que temos dessa regulamentação; a partir da
regulamentação, pelas características que isso expressa dentro das nossas
profissões. Todos nós sabemos das lutas que se pregam no nosso Município na
busca das regulamentações das diferentes profissões. Portanto, deixamos um
abraço a todos e a todas. E quero dizer que estamos – a Câmara de Vereadores de
Porto Alegre e eu como Vereador do PSB – com vocês nessa jornada; estamos às
ordens para conversar com os nossos Deputados Federais. Um abraço, parabéns a
todos. Obrigado. (Palmas.) E depois que vocês me aplaudiram, mais uma vez,
parabéns a ti, Flávia, pela conquista desse título de número um. Abraço a
todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Convido o Ver. Engº Comassetto para fazer
a entrega do Diploma à Sra. Flávia Sartini Volkmer. Quero convidar também o
Ver. Guilherme Socias Villela para nos acompanhar, tendo em vista que presidiu
quase todo o período de Comunicações.
(Procede-se
à entrega do Diploma.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Encerramos esta homenagem agradecendo à
nossa homenageada, Sra. Flávia Sartini Volkmer, à Sra. Rosane e a todos os
técnicos em nutrição e nutricionistas que nos acompanharam – sei que estão com
um evento no Plenário Ana Terra. Foi uma grande satisfação recebê-los aqui na
Câmara de Vereadores.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadoras e
Vereadores, senhoras e senhores, utilizo este momento para colocar alguns
questionamentos e preocupações sobre a questão do abandono do patrimônio
histórico-cultural na cidade de Porto Alegre. Nós temos visto a pichação, a
sujeira que tomou conta de um dos principais monumentos da Cidade, que é o
monumento a Júlio de Castilhos, na Praça da Matriz. Nós não podemos, nós não
devemos, é inaceitável continuar essa situação. Como não podemos aceitar, de
forma alguma, eu peço aqui à representação do Governo que pense, que tome uma
atitude sobre a situação do Viaduto Otávio Rocha. Neste inverno inclemente,
pessoas jogadas ao léu, um acampamento em pleno Centro de Porto Alegre, num dos
principais pontos turísticos, patrimoniais, culturais e estéticos da Cidade.
Chamo a atenção, de um modo especialíssimo, aos representantes da Prefeitura
Municipal de Porto Alegre aqui presentes, especialmente ao Mauro e ao André,
para que chamem a atenção da FASC, a nossa
Fundação de Assistência Social e Cidadania, que precisa, tem obrigação de
cuidar da situação dos moradores de rua em todos os cantos, em especial em dois
acampamentos, coincidentemente, os dois patrimoniais: o Viaduto Otávio Rocha,
cuja construção começou em 1926 e foi terminada em 1932; e, ao lado do antigo
edifício Guaspari, o primeiro prédio modernista da cidade de Porto Alegre, que
também foi detonado por um envelopamento feito – na época se permitia qualquer
coisa –, lá pelos anos 1970 mais ou menos. Nós temos, portanto, nesses dois
espaços de patrimônio, que deveriam ser de preocupação, de preservação,
acampamentos, não apenas de moradores de rua, temos crack, temos drogadição, temos tráfico. O desdém e o abandono, Sr.
Presidente, são totais e absolutos. Nós continuaremos, Paulo Brum, a pelear, a
demandar, porque essa não é uma demanda individual – sistematicamente as
pessoas têm nos procurado, têm demandado atitudes do Governo Local. E o que
estamos vendo é desdém, sem preocupação, Ver. Villela, com essa situação que
acabo de colocar. Em pleno Centro de Porto Alegre, na Praça da Matriz, o
monumento a Júlio de Castilhos está sendo detonado; o Viaduto Otávio Rocha num
processo de degradação. E se discute, se briga num Gre-Nal de fundo de quintal,
de várzea, para saber o que será feito. O povo de Porto Alegre só quer saber de
uma coisa: preservação e cuidado adequado para com os moradores de rua. A mesma
coisa com o antigo edifício Guaspari, importante prédio do modernismo na cidade
de Porto Alegre, não pode continuar assim.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Dr. Goulart está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em
Comunicações.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, Ver. Adeli, concordo com Vossa Excelência, que está se referindo
provavelmente ao Epahc, principalmente. Não pode ficar listando imóveis,
listando, listando, listando... Daqui a pouco nós estaremos em uma Cidade com
imóveis velhos e não imóveis históricos. Nós temos que definir o que é, se é
histórico é para ser preservado, ou não lista! O nosso Epahc só sabe listar,
mas não dá uma solução para preservar, não tem uma ideia para valorizar. Enfim,
acho que nós temos que fazer uma cruzada aqui nesta Cidade. O Ver. Mauro
Pinheiro e nós também – alguns Vereadores fizeram algumas emendas – estamos
tentando fazer com que se refaça esse inventário, esse nefasto inventário de
coisa alguma. Porque, quando se mistura coisa velha com coisa histórica, não se
valoriza e nem se preserva a coisa histórica; e se mantém prédios criando
baratas, ratos, mosquitos, de tudo, menos a história da Cidade. Então não é bem
assim: “Ah, eu vou listar...”. Em Petrópolis listaram 500 imóveis – imaginem
só: 500 imóveis! Muitos deles a pedido a pedido do vizinho para não fazer
sombra no segundo andar onde o outro já mora. Quer dizer que ele já está
morando em um apartamento, num bairro que ele quer que se preserve, mas não
quer que o vizinho construa na esquina porque vai fazer sombra para ele no
segundo ou terceiro andar. Então não há critérios, tem que se estabelecer
critérios para que o Epahc e o Compahc façam sua lista, seu trabalho – é o trabalho
do Epahc preservar aquilo que é histórico, mas não é competência do Epahc se
meter no Plano Diretor e dizer o que pode e o que não pode construir em algum
terreno. Se não é prédio histórico, que parem com essa baboseira de interesse
cultural. Mas que interesse cultural? Eles inventaram o interesse cultural
perto do clube Lindoia, eles acham que a duas quadras do clube também é
interesse cultural, mas sem base nenhuma! Nós temos que, de uma vez por todas,
todos nós, Vereadores... Porque todos os bairros de Porto Alegre estão sujeitos
a esses fazedores de leis – eles se acham fazedores de leis! – proibindo que se
construa aqui, que se construa ali, que se faça reforma acolá sem a mínima
condição técnica, sem a mínima condição responsável. Tem que ter responsabilidade
para fazer uma lista de imóveis que não possam ser mexidos. “Ah, esse não dá
para reformar”. “Ah, esse não dá para construir”. “Ah, só pode reformar se
fizer isso.” Mas quem é que o Ephac pensa que é? Uma meia dúzia de técnicos,
alguns são competentes, mas os competentes não conseguem ser maioria, então,
sempre perdem, fazem listas, assim, ao léu. Em Petrópolis, de 500 imóveis, já
se reduziu para 250. Então, que critério é esse em que a metade caiu só na
primeira olhada? E se for olhar bem, desses 250, não sobram 60 que sejam
históricos verdadeiramente.
Então
o que se tem que fazer é que cada um cuide do seu quadrado. O Ephac que cuide
dos prédios históricos. Quem tem que cuidar do urbanismo é a Secretaria de
Urbanismo. Quem tem que cuidar do meio ambiente é a Secretaria do Meio
Ambiente. E não o Ephac querer abarcar tudo isso e sair fazendo lista de
prédios, onde não se consegue pegar uma DM, quem já tem a DM não consegue
construir, porque está escrito simplesmente lá: “bloqueado”. Eles têm uma
facilidade para escrever essa palavra “bloqueado”, mas eu queria que eles
tivessem a mesma facilidade para terem bom senso.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Registramos a presença do ex-Vereador
desta Casa, Cassiá Carpes, que se encontra no plenário.
A
Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, realmente, estamos eu e a Ver.ª Lourdes de Vereadoras mulheres aqui
hoje. Realmente a luta das mulheres é uma constante. Eu estou aqui, vou
notificar, pedindo que seja transcrito na íntegra depois, através das notas
taquigráficas, uma nota do Conselho dos Direitos da Mulher, que lança um
manifesto. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher é um órgão extremamente
importante, ele se constituiu num marco da história política do Brasil na luta
das mulheres contra a ditadura, nas lutas das mulheres brasileiras na afirmação
dessa igualdade social como fator fundamental, inclusive para o desenvolvimento
do País e para a democracia, porque mais da metade da população são mulheres, e
estamos em todas as instâncias – muito pouco ainda no poder –, na luta pelo
desenvolvimento do País.
O
Conselho lança esta nota, um manifesto rechaçando as ações do Governo ilegítimo
de Temer a respeito do desmonte das políticas públicas. E a entidade afirma que
este golpe, a cada passo, desmonta as políticas sociais. Houve a publicação de
uma Portaria que inviabilizou por 90 dias todas as atividades dos Conselhos de
controle social vinculados ao Ministério da Justiça. E eis aí a revolta das
conselheiras, que são mulheres de todo o Brasil, eleitas ao longo desse
processo histórico da criação do Conselho desde 1985. Um Conselho que teve um
papel fundamental na garantia dos processos, na luta das mulheres, na inserção
dos direitos fundamentais das mulheres no processo da Assembleia Nacional
Constituinte. Eu venho participando desse processo desde lá, inclusive o
Conselho coordenou quatro grandes conferências nacionais – participei de todas
– para elaboração de políticas públicas para as mulheres em articulação com a
Secretaria de Políticas para as Mulheres, a SPM, que foi outra conquista também
das mulheres. E este círculo virtuoso todo, da nossa luta, das mulheres nos Estados...
Participamos, aqui no Rio Grande do Sul, também, da criação do Conselho
Estadual, fui da primeira leva de conselheiras no Estado do Rio Grande do Sul.
E frente a esse processo todo, a essas articulações, a esse círculo virtuoso de
conquistas e avanços, hoje há um desmonte do Ministério da Mulher, do
Ministério da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que passam a ser,
inclusive, Subsecretarias do Ministério da Justiça – o mesmo Ministério da
Justiça de onde uma portaria transfere, subtrai recursos no valor de 13 milhões
destinados à Secretaria de Políticas para Mulheres para o Gabinete da
Presidência da República, de um Presidente interino e, na minha concepção,
ilegítimo. Então, é muito doloroso para nós, mulheres, que ainda enfrentamos as
mais variadas formas de violência – e elas aumentam –, enfrentarmos a
discriminação no mundo do trabalho, ainda enfrentarmos toda uma discriminação
nessa luta por mais poder político para as mulheres. E quem disse isto não fui
eu, foi Michelle Bachelet: quando uma mulher entra na política, muda a mulher; quando várias
mulheres entram na política, muda a política. E é por isso que eu venho aqui
pedir para que seja transcrito, na íntegra, esta nota do Conselho, que termina
dizendo: “É inaceitável que os compromissos eleitos nas urnas sejam vendidos.”
Tendo também uma mulher com uma história importante na Nação brasileira. O
manifesto termina lembrando Simone de Beauvoir (Lê.): “Nunca se esqueça que
basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das
mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que
manter-se vigilante durante toda a vida.” E é por isso que eu venho a esta
tribuna, nessa vigilância histórica pela luta das mulheres, em nome também da
União Brasileira de Mulheres, da qual sou fundadora e membro da direção. É
inadmissível o que está sendo feito na Nação brasileira em relação à conquista
de todos, mas de uma forma muito particular às conquistas históricas das
mulheres brasileiras de todos os setores, de todas as cores, de todas as suas
diversidades. Porque nós, mulheres, merecemos respeito pelo que nós
representamos, inclusive na nossa função social da maternidade. Nós estamos
sendo absolutamente desrespeitadas por um Governo ilegítimo, usurpador dos nossos
votos na urna. [O Conselho dos Direitos da Mulher lança manifesto contra Temer.
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, (CNDM), lançou um manifesto
rechaçando as ações do governo ilegítimo Temer de desmonte das políticas
sociais. Em nota, a entidade afirma que "o golpe a cada passo desmonta as
políticas sociais, sobretudo com a Publicação da nº 611/junho de 2016, que
desmobilizou e inviabilizou por 90 dias todas as atividades dos Conselhos de
Controle Social, vinculados ao Ministério da Justiça".
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher,
CNDM, constitui um marco na história política do Brasil. Sua criação em 1985
(Lei 7.353/85) representa a luta das mulheres brasileiras na afirmação de sua
igualdade social como fator fundamental para um verdadeiro processo de
democratização de nossas instituições políticas, após 21 anos de ditadura
militar. O CNDM teve um papel fundamental na garantia dos direitos da mulher na
Constituição de 1988. Desde então o CNDM tem exercido a função de propor,
avaliar e fiscalizar as políticas públicas com vistas a promoção dos direitos
das mulheres (Decreto n° 8.202 de 2014). Exerce esse controle através de suas
integrantes, representantes da diversidade do universo de mulheres brasileiras
e atuantes na defesa de seus direitos através de redes, articulações, entidades
de classe, associações, sindicatos e organizações não governamentais. Cumprindo
seus objetivos o CNDM coordenou as 4 grandes Conferências Nacionais para a
elaboração de políticas públicas para as mulheres, em articulação com a
Secretaria de Políticas para as Mulheres–SPM. A esse ciclo virtuoso de
conquistas e avanços, enfrentamos hoje o desmonte do Ministério da Mulher da
Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que passa a ser. uma subsecretária do
Ministério da Justiça. Acompanhamos, com muita preocupação e indignação, o
desenrolar do golpe que a cada passo desmonta as políticas sociais, sobretudo
com a Publicação da nº 611/junho de 2016, que desmobilizou e inviabilizou por
90 dias todas as atividades dos Conselhos de Controle Social, vinculados ao
Ministério da Justiça. Se não bastasse, outra grande perda com a publicação do
decreto publicado no último dia 22/06/2016, transferindo e subtraindo os
recursos no valor de R$ 12.927.981,00 já destinados à SPM, para Presidência da
República. Para além dos desmandos, das contradições e das irregularidades
amplamente denunciadas, tanto do encaminhamento deste processo, quanto das
figuras que o encaminham, sobre as quais pesam múltiplas e comprovadas
acusações, preocupamo-nos também com o papel da grande mídia. Em ação
determinada e articulada com setores do judiciário e do parlamento, esta mídia
ora fabrica, ora repercute seletivamente notícias, fatos e factoides que ajudam
a construir a versão de um crime inexistente que se quer legitimar, sem o menor
respeito à diversidade em suas fontes, ou à pluralidade de opiniões, como
deveria ser a função de uma mídia minimamente imparcial e descente. Quem são os
beneficiários dessa manipulação?
Culparam a presidenta pela crise econômica em
curso, embora saibam que a crise é global, e vem se arrastando, atingindo
economias de grandes países capitalistas em todo o mundo. Utilizaram-se de
repertórios machistas e misóginos para difamar a figura da presidenta eleita
pelo simples fato de ser mulher. Charges, memes, hashtags pornográficas,
adesivos alusivos ao estupro da presidenta, reportagens de jornais e revistas
traduzem o duro viés do discurso misógino, fundado no patriarcalismo estrutural
presente na sociedade brasileira. Os meios utilizados para desconstruir a
imagem da presidenta Dilma enquanto gestora e mulher, não agridem somente a
ela, agridem a todas nós mulheres e motivam a incitação e apologia do crime
contra mulheres, tão evidenciado nos últimos dias. A absurda reforma ministerial
realizada pelo governo ilegítimo encabeçado pelo vice Michel Temer logo após a
votação pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado, modificou
diversas prioridades políticas do mandato eleito democraticamente pela
população brasileira. Vários ministérios foram limados ou desmontados. Qual
será o destino dos programas sociais? Qual será o destino dos projetos que
defendiam mulheres, negros, LGBTTs, pessoas com deficiência, pessoas sem
moradia?
O nosso país é constituído majoritariamente de
mulheres e de negros e o governo interino, de forma compatível com a atitude
retrógrada e discriminadora, não indicou nenhuma mulher, nenhum negro para
compor o primeiro escalão do seu governo ilegítimo. Além dessa atitude
claramente machista e racista, indicou para dirigir as principais pastas da
administração federal, um grupo de deputados federais que incluía vários
investigados e com ordens de prisão decretadas conforme fartamente divulgado
pela mídia. Se não bastasse, o presidente ilegítimo nomeou a ex-deputada
federal Fátima Pelaes que se opõe ao Estado laico e defende a submissão deste
às crenças religiosas. A nova secretária, além de tudo, ainda é alvo de
processo no seu Estado do Amapá, por desvio de quatro milhões de reais do
Ministério do Turismo. Isso é uma agressão a todas as mulheres brasileiras que
se manifestam contra sua nomeação por todo o país. É inaceitável que os
compromissos eleitos nas urnas sejam vendidos. E lembrando Simone de Beauvoir –
estamos vigilantes: "Nunca se esqueça que basta uma crise política,
econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados.
Esses direitos não são permanentes. Você terá que se manter vigilante durante
toda a sua vida.”]
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Passamos ao
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo do Ver. Waldir Canal.
O SR. ADELI
SELL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, em certo
sentido continuarei na trilha da intervenção que fiz no período de
Comunicações. Vou falar de Porto Alegre, vou falar do nosso cotidiano, vou
falar dos problemas e da minha firme convicção de que é preciso cuidar mais e
mais da nossa Cidade, porque as coisas não podem ficar como estão. Vou voltar a
cobrar: Viaduto Otávio Rocha; Praça da Matriz, com seu principal monumento
sendo detonado; um acampamento ao lado do antigo Guaspari, um dos prédios
históricos, o primeiro prédio modernista de Porto Alegre.
Dito isso, repetido e mais uma vez cobrado, vou
adiante: aonde quer que você vá, o problema é ônibus lotado, ônibus atrasado,
ônibus estragado, ônibus sujo, e há essas malditas roletas, que praticamente
não têm mais serventia, porque as pessoas usam cartão, e as roletas são estreitas
e idiotamente feitas para humilhar as pessoas. Assim como está não pode ficar,
tem que mudar! Tem que mudar o comportamento das empresas de transporte
coletivo de Porto Alegre, a começar pela empresa pública, a Carris. A Carris
tem que voltar a fazer uma reciclagem de motoristas e cobradores, fazer um
processo que alguns fazem de forma brilhante nessa mesma empresa, atendendo
bem; já outros são umas tragédias.
Não é admissível que os poucos ônibus com piso
rebaixado que nós temos, os poucos ônibus que nós temos para cadeirantes
cheguem numa parada e deixem as pessoas nas cadeiras de rodas neste frio, ou,
no verão, no calor inclemente de Porto Alegre. O desdém e o descaso para com o
cidadão que precisa de transporte coletivo são demais.
Eu vou citar aqui os problemas de ônibus
hiperlotados de pessoas que vão para a Zona Norte ou que vêm da Zona Norte para
o Centro, que são uma loucura; a Restinga não é diferente; o Restinga Velha
deixa as pessoas nas paradas; aqui no Centro, há dias – e sistematicamente eu
falo com pessoas que pegam o Restinga Velha para o bairro no final do
expediente, depois das 19h – em que o ônibus demora 50 minutos, quando dizem
que o máximo são 15 minutos.
Os ônibus de Porto Alegre estão num processo de
decadência, e a enganação que nos fizeram, mudando as cores. Houve uma maquiagem de muitos deles,
porque não são ônibus novos, funcionam mal, estragam, estão sempre lotados e
atrasados. O transporte de passageiros está péssimo em Porto Alegre.
Encontramos a fiscalização de trânsito da EPTC na butuca; mas eu não vejo
nenhum fiscal de transporte – que a EPTC deveria ter – para fiscalizar o
atrolho dos ônibus! As pessoas ficam na parada de ônibus, no frio inclemente
deste inverno, esperando pelo ônibus que não chega; e quando chega, deixa as
pessoas ao léu. Isso não pode continuar!
O Sr. Engº Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Prezado Ver. Adeli Sell, quero fazer, aqui, dois registros. O
primeiro é esse que V. Exa. fala, que as paradas ficam sobrecarregadas,
entupidas de gente esperando pelos ônibus, que, muitas vezes, passam e não são
todas as pessoas que estão esperando que conseguem acessar os ônibus. E tem um
problema estrutural aí, porque quem manda o mapa da fiscalização para a EPTC
são as próprias empresas. E aqui eu quero registrar que, em toda a periferia,
nós temos recebido denúncias de que em determinados horários não passam os
ônibus. Se o horário do ônibus é às 8h, outro às 8h15min e outro às 8h30min,
passam o das 8h e o das 8h30min; e as empresas mandam os mapas como se tivesse
ocorrido de maneira completa. Aí as pessoas reclamam pelo 156 e nunca obtêm a
resposta.
O
segundo registro é sobre a Carris. A Carris está sendo quebrada, porque em 2014
a prestação de contas do Governo que veio para mostrou um prejuízo de R$ 40
milhões; em 2015, passou de R$ 50 milhões o prejuízo da Carris. A Carris - que
foi superavitária e foi exemplo nacional como empresa pública de transporte
público. Eu queria fazer esses dois registros para contribuir com o seu debate.
Muito obrigado.
O SR. ADELI SELL: Eu é que agradeço. Porto Alegre – quero
chamar a atenção dos Srs. Vereadores, dos representantes do Governo – foi
vanguarda em transporte coletivo! Nós tínhamos bonde puxado a cavalo, quando
outras cidades nada tinham. Tivemos o trenzinho da Tristeza, Ver. Villela. Não
tem mais bonde, não tem mais trenzinho e temos um resquício da linha do
trenzinho da Tristeza, que depois foi expandido para a Vila Nova.
Há
poucos dias falei com uma pessoa que morou aqui, voltou para Porto Alegre e me
falou do impacto do transporte coletivo de passageiros. É inaceitável, é
intolerável a situação. Eu espero que nós possamos continuar a ter, no futuro,
aquilo que já tivemos: um transporte de melhor qualidade. O ex-Prefeito Villela
sabe o quanto foi importante a disputa para a gente colocar os ônibus nos
corredores, o quanto nós temos que lutar agora para ampliar alguns corredores,
para criar novas linhas. O Município mudou! Há centros de bairros. Nós
precisamos de mais linhas transversais. Depois de muitas batalhas nós
conquistamos mais duas, recentemente, mas precisa muito mais. Nós já
desenhamos, nós já mostramos os condomínios que estão existindo, o deslocamento
para shopping centers, para centros
de bairros que hoje precisam desse transporte. Nenhuma inovação, por exemplo, e
nós já mostramos, para uma linha noturna tipo corujão que fizesse uma ligação
dos bairros Moinhos de Vento com a Cidade Baixa, com a Tristeza, com Ipanema.
Inovação! Não! Nós estamos submetidos aos ditames das empresas, nós sucumbimos
ao esquema das empresas. Eu não posso aceitar! O povo não vai aceitar! Não
somos nós que vamos criar linhas, mas vou fazer o que já fez o Ver. Pujol e
outros, como entrar com vários projetos de lei criando T13, T14, T15, T não sei
o quê, linha transversal de lotação, fazer disputa, porque, se a gente fizer
apenas um Pedido de Providência, a Prefeitura não atende. Se a gente vai à
Carris e desenha uma linha mostrando a viabilidade econômica, ou as pessoas
acham que só o burocrata da secretaria sabe a economia da Cidade? Eu aposto que
sob o ponto de vista do desenvolvimento econômico e social sei tanto quanto, ou
mais. Então, se é para ter disputa, eu vou disputar! Vou fazer como fez o Ver.
Pujol: criou a linha de lotação para a Restinga, Belém Novo e etc. e tal.
Agora, então, vou fazer uma para o Lami, vou fazer uma em outra direção. Criar
lotação transversal! Pois eu lhes digo que a Prefeitura tem – e estou falando
para a base do Governo – uma semana, porque se eu disser 14 dias, vão demorar
três semanas e não vão responder, para que me digam alguma coisa: qual é o
plano? Qual é a discussão? Qual é o debate que tem? Ou eu sei que não tem uma
base legal muito grande, mas se é para provocar, se é para disputar, Ver.ª
Jussara Cony, vamos à disputa, vamos à peleia, porque o povo precisa de ônibus,
o povo precisa de lotação, e o povo precisa de fiscalização.
Hoje
não tem fiscalização adequada ao táxi, melhorou um pouquinho a fiscalização,
mas tem muita bagunça. Chegou o projeto do Uber, vamos analisar. Parece-me bem
equacionado, mas vamos discutir, porque não adianta criar uma coisa nova e que
depois vai ter problemas no transporte individual de passageiros. E o
transporte coletivo, que é o mais importante, não funciona, pois para as
pessoas poderem chegar à parada do ônibus... Chamo atenção de que as nossas
paradas estão detonadas, as calçadas estão quebradas. Tem que fiscalizar, é
responsabilidade dos condomínios, é responsabilidade do dono do terreno, e há
muitos lugares em que os terrenos estão abandonados e há estoque de terra para
fazer patrimônio, para ganhar dinheiro, para negociar, e o povo que se dane.
Mas o povo tem voz aqui nesta Casa, o povo tem representação, porque somos
daqueles que escutamos a população, vamos ao encontro das comunidades, e para
cá vamos trazer, diariamente, as questões. Hoje em dia temos a condição de
trabalhar pela Internet, saindo tarde da noite de uma reunião, seja numa
segunda, seja num sábado ou domingo, temos os e-mails dos Secretários, temos suas páginas na Internet, e vamos
tirar fotos, vamos demandar, vamos fazer abaixo-assinados, vamos mobilizar. Que
o povo de Porto Alegre seja respeitado e que tenhamos um transporte coletivo
decente em Porto Alegre mais uma vez. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter
Nagelstein está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O
SR. REGINALDO PUJOL: O Vereador que me antecedeu parece que se
deslumbrou, não sabe que o seu partido quebrou o Brasil, com uma máquina de
roubalheira nunca visto na história do mundo! E o Vereador veio aqui falar que
o Pujol fez a linha de lotação para a Restinga, como se houvesse um crime
nisso. Aliás, tem que falar para a sua colega, que achava que era ele que tinha
feito, é isso aí. Fale para ele, Vereador, e caia na realidade, Vereador, o
senhor está num País quebrado! Aqui não há setor, e esse pessoal do PT, ora,
tenha dó, chegam a pegar dinheiro dos velhinhos, do crédito consignado. Pô! Dos
velhinhos do crédito consignado! Só falta pegar o picolé das criancinhas da
Redenção, porque o resto eles já fizeram, só falta isso! O Ver. Adeli, meu
querido amigo, numa empolgação extraordinária, veio à tribuna, desandou o
Governo. Eu acho que o Governo tem algumas falhas, a principal delas foi ter
acreditado nos projetos do Governo do Federal, que não liberou o recurso como
havia prometido. E que agora emperraram os programas. Esse Minha Casa, Minha
Vida, virou, Ver. Tarciso, nós andamos por aí, o senhor sabe disso... Olha
gente, querer xingar o Governo do Município, que está administrando essa enorme
escassez, é uma autoridade que eu daria para o Ver. Bernardino Vendruscolo, mas
não a quem vem aqui defender o Governo do PT, que roubou a quilo e a metro, e
que agora querem cobrar do Prefeito Fortunati milagres, mais milagres que eles
não foram capazes de conceder.
Por isso, Sr. Presidente, dificilmente,
eu uso da tribuna para uma manifestação
dessa ordem. Eu fui citado, ora, “o Ver. Pujol”; parece que eu fiz um crime por
ter feito, ainda no Governo do PT, um projeto de lei propondo lotação para a
Restinga. Levou 20 anos para sair, 20 anos, porque, no Governo do PT, não saia
nada; era só reunião e mais reunião. E agora, ultimamente, quando tomaram conta
da República, mais do que reunião, eles assaltaram o BNDES, a Petrobras, agora,
mais recentemente, o próprio bolso dos nossos aposentados que contribuíram,
todos eles, para que R$ 100 milhões fossem desviados para o pessoal lá do
Paraná, que estão já na mira da Polícia Federal.
Ora, Sr. Presidente, vamos deixar claro que eu discuto o
transporte coletivo, porque os números que foram trazidos aqui, pelo Vereador
que me antecedeu, são, absolutamente, equivocados. O número de passageiros
transportados que pagaram a passagem, nos últimos anos, em Porto Alegre, tem
decaído todos os anos – pelo desemprego, pela crise econômica –, porque, quem
não sabe que, a cada dia, a cada hora, a cada mês, aumenta o número de desempregados
neste País. Quem não sabe que a Petrobras, que foi o orgulho nacional, hoje, é,
praticamente, a vergonha nacional, porque, em todo mundo, ninguém quer dar
crédito para a Petrobras. Do pré-sal, que eles inventaram, não foi tirado, até
hoje, uma gotinha de petróleo, mas já gastaram grandes valores em propaganda do
mesmo.
Então, o Ver. Comassetto queria saber se eu sou do Governo
ou não sou do Governo, eu quero dizer, muito claramente, Vereador, que eu não
tenho duas caras: eu sou do Governo. Ofereço restrições a algumas ações do
Governo, gostaria de discutir, na Casa, essas restrições com clareza,
especialmente, na área do transporte coletivo, porque se fez de tudo para não
se tocar no principal que é o excesso de bondade que tem na tarifa, que foi
acumulado ao longo do tempo e que faz com que hoje o pobre esteja financiando a
passagem do menos pobre.
Por isso, Ver. Tarciso, eu quero, já concluindo, assinalar,
Presidente, a minha surpresa por ver esse equilibrado Vereador, que é o Ver.
Adeli Sell, vir à tribuna provocar um debate nesta hora. Vereador: vai ter que
passar muito tempo, tem muita penitência para ser feita, para serem perdoados
dos crimes que fizeram contra a economia e contra a sociedade brasileira, que
não são poucos, são inúmeros; cadeia vai ser pouco, vão ter que purgar
politicamente, pela ineficiência, pela incapacidade, pela desonestidade e,
sobretudo, por envolverem todo o País em frustração, com esse desastre que foi
o comando do PT à frente do governo brasileiro. Era isso, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ADELI SELL: Só para uma correção: o autor da lei foi
o Comassetto, assinada pelo Pujol e outros Vereadores. Só queria fazer essa
correção.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, primeiro quero me dirigir à Ver.ª Fernanda Melchionna e ao Ver.
Engº Comassetto, agradecendo o uso da palavra – mesmo como Líder de oposição,
todos temos o hábito de sempre fazer a interlocução antes de vir aqui falar em
nome da oposição. Eu venho a esta tribuna como uma profissional farmacêutica
que fez carreira dentro da Universidade, que se formou dentro da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul e passou por toda a formação de uma profissão que,
assim como um profissional odontólogo – vejo o Ver. Manfro aqui –, é
estratégica na área de saúde, assim como as demais profissões. Trago aqui a
nota da Federação Nacional dos Farmacêuticos em função de mais uma triste
declaração do Ministro da Saúde, o Sr. Ricardo Barros, que foi uma
desconsideração enorme. Primeiro, o Programa Mais Médicos – que é um programa
que envolve brasileiros, cubanos, venezuelanos – tem sido estratégico para que
nós tenhamos profissionais médicos nos rincões onde anteriormente as pessoas
não tinham nenhum médico, ninguém para atendê-los, muitas vezes as outras
profissões cumpriam esse papel – enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos. Nós
nos formamos com qualificação para exercer as nossas profissões, Ver. Manfro,
não queremos exercer a profissão de ninguém, mas em determinados momentos
atuávamos em rincões onde não havia, muitas vezes, um dentista, que podia
salvar uma vida, sim.
O
Ministro também foi deselegante com os profissionais farmacêuticos e também com
as benzedeiras. Vou ler a nota da Federação Nacional, que repudia essa
declaração do Ministro Ricardo Barros, e a Federação vem a público se
manifestar indignada com a declaração do Ministro interino da Saúde durante uma
atividade que ele teve lá na cidade de Ponta Grossa. (Lê.): “A Federação Nacional dos Farmacêuticos vem a público manifestar sua
indignação com a declaração do ministro interino da Saúde, Ricardo Barros.
Durante uma atividade na cidade paranaense de Ponta Grossa, Barros ao
referir-se sobre o Programa Mais Médicos disse: ‘Enquanto tivermos locais em
que os médicos brasileiros não queiram ir [Então induz os médicos brasileiros
também a não quererem.] teremos lá um médico cubano. É melhor um médico cubano
do que um farmacêutico ou a benzedeira para atender a população’”.
Antes de mais
nada, nós continuamos defendendo o Mais Médicos porque é um programa
fundamental para a saúde do povo brasileiro. (Lê.): “O ministro demonstrou mais
uma vez o seu desconhecimento sobre a área que comanda no governo federal [governo interino e
legítimo, na nossa concepção.] ao se manifestar de forma preconceituosa e
desrespeitosa contra uma categoria que reúne mais de 200 mil profissionais no
país, atuando nas mais diferentes áreas.”
Atuamos nas
análises clínicas, atuamos na área de medicamentos, atuamos na área de
alimentos e somos profissionais capacitados para essa atuação numa equipe de
saúde. (Lê.): “Somos uma categoria de nível profissional superior com
compromissos e condutas a serem cumpridas.” Conquistamos, na luta, que a
farmácia fosse reconhecida com estabelecimento de saúde, a farmácia comercial
como estabelecimento de saúde. (Lê.): “As ações interdisciplinares de promoção
da saúde, como preconizam as diretrizes do SUS, devem ter como foco o paciente
e não a doença.” Por isso estamos lá, não queremos ter que estar receitando
remédios. Tomar remédio não é saúde, tomar remédio é doença, só quando há
necessidade, e o medicamento deve ser encaminhado e orientado exatamente por
esse profissional. (Lê.): “Outrossim, não podemos deixar de registrar que os
saberes milenares ligados à cultura popular também merecem o seu devido
respeito [é o caso das benzedeiras], pois são, muitas vezes, a única esperança
de milhares de brasileiros que ainda não
têm acesso ao SUS. Disso decorre nossa luta incansável e inabalável para
impedir retrocessos nas políticas públicas de Saúde, duramente conquistadas
pela sociedade nos últimos anos. A defesa intransigente do Sistema Único de
Saúde, de sua ampliação e do seu fortalecimento para levar saúde de qualidade a
todos e todas é estruturante.”
E aqui somos
todos nós os profissionais de saúde: médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos,
farmacêuticos. (Lê.): “Por
tudo o que foi exposto, a Federação Nacional dos Farmacêuticos exige que o
Ministro da Saúde trate os profissionais, as profissões de saúde e o SUS com
respeito”. Porque o SUS, senhores, é uma conquista do povo brasileiro, desde a
Reforma Sanitária até a Assembleia Nacional Constituinte. E nós, usuários,
profissionais e muitos gestores comprometidos com o SUS estamos a dizer ao Sr.
Ministro: o SUS é um patrimônio imaterial do povo brasileiro, e os
profissionais do SUS, médicos, farmacêuticos, enfermeiras, nutricionistas – há
pouco, estiveram aqui as técnicas –, odontólogos, enfim, toda a equipe
multidisciplinar da saúde é estratégica e fundamental para a saúde do povo
brasileiro em todos os rincões. Por isso, a nossa Federação assim se manifesta,
achando inadmissível que um ministro tenha essa desconsideração com todos os
profissionais.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
prezado colega Ver. Reginaldo Pujol, eu preciso fazer uma defesa do Ver. Adeli
Sell, até porque ele nasceu na grande Iraí, então nós temos uma proximidade
quanto à região. Hoje, pela manhã, nós participávamos de um debate nesta Casa,
onde falávamos sobre o turismo. Estávamos ali, Ver. Guilherme Socias Villela,
ex-Prefeito, debatendo o projeto do Cais do Porto. O Secretário do Turismo
falava como sendo algo extraordinário, com o que nós concordamos, mas é muito
morosa a revitalização do Cais do Porto. Falávamos que nós vamos ter passeios e
que o Guaíba será usado para fins de lazer, de transporte, de trabalho. Eu não
pude deixar de lembrar que é verdade que Porto Alegre já teve isso em 1800,
1900. Porto Alegre já usava o Rio Guaíba com essa finalidade, então não tem
nada de novo, pelo contrário, nós estamos mais atrasados em algumas coisas aqui
nesta Capital do que lá naquele período de 1800, 1900. O Ver. Adeli falava aqui
das questões de transporte, e só queria lembrá-lo – e dificilmente sinalizo
nesse sentido – que o Partido dele ficou 16 anos no governo e o que temos hoje
poderia ter sido resolvido naquele período em que o seu governo estava
administrando a Cidade! Os partidos, os prefeitos que assumiram posteriormente
não fizeram quase nada, Ver. Adeli – para lhe salvar. Primeiro, preciso fazer
uma declaração muito fraterna aqui, porque tenho uma admiração e uma amizade
muito grande com o Prefeito Fortunati. Agora, vou lembrar, Ver. Adeli, que ele
veio da forma, do laboratório, da sua escola; este Prefeito é da escola do PT,
ele se formou lá, ele era um jovem militante. É bom recordar. Hoje nós estamos
vivendo aqui na Capital o momento da resiliência; com o governo passado era a
transversalidade, tudo ia se cruzar; o anterior, era o Cidade Viva. Cheguei à
conclusão que resiliente mesmo é o povo de Porto Alegre, porque tem paciência
com os buracos, com as obras que iniciam e não terminam, e por aí afora. Admiro
o Fortunati como ser humano, quero-o muito bem. Aliás, quero insistentemente
dizer que, em vários momentos, ele me foi muito fraterno. Agora, isso não tira
a minha obrigação, como eleito, de representar aqueles que votaram na minha
pessoa, de demonstrar aqui a indignação. Ver. Villela, ex-Prefeito, V. Exa. foi
o último, dos últimos tempos, que fez alguma coisa por esta Cidade; os outros,
conversaram muito e fizeram pouco. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA:
Na verdade, eu me inscrevi para falar como Liderança do PSOL, Ver. Alex, e,
depois, pretendo responder aos Vereadores sobre esse debate que foi trazido a
respeito do sistema de transporte na nossa Capital, antes quero aproveitar a
presença do ex-Vereador Cassiá na tarde de hoje na Casa. Eu estava ouvindo em
um programa de rádio um debate com relação às nossas propostas para a
segurança. Tenho a convicção que o Cassiá Carpes entendeu tudo errado sobre o
que está sendo proposto pela nossa pré-candidata Luciana Genro. É sempre
importante fazer esse debate na tribuna para evitar ficar pedindo direito de
resposta e para deixar bem clara a nossa posição, a do PSOL, que é justamente o
contrário do que está sendo veiculado por algumas pessoas e, sobretudo, nesse
programa de rádio.
Em primeiro lugar, achamos que existe a ausência
de uma política de segurança pública com efetividade por parte do Município de
Porto Alegre. Isso não significa tirar a responsabilidade do Estado e nem
cobrar a responsabilidade nacional, mas significa que o Município deve buscar
um plano municipal de segurança e deve valorizar os guardas municipais,
ampliando não só a atuação da Guarda Municipal, como o número desses agentes,
homens e mulheres, inclusive, Cassiá, armados. Embora o uso ou não de armas não
seja o determinante de uma política efetiva de segurança, mas a mudança do
perfil da Guarda para sair não só do avanço e do controle da política
patrimonial, mas passar para uma política territorial da Guarda Municipal de
Porto Alegre. Nós temos a convicção de que os colegas da Guarda querem fazer
mais por Porto Alegre, querem ter garantido seus avanços, a sua política de
valorização profissional, e querem, sim, fazer o patrulhamento efetivo e
permanente dos parques,
praças e territórios da nossa Cidade, tendo vínculo com as comunidades para
garantir com que haja uma relação de conhecimento dessas comunidades, e
portanto, uma política mais eficiente e mais segura para o guarda e a Guarda e
para a população da nossa Cidade.
Em
segundo lugar, nós temos falado justamente o contrário, que infelizmente,
existe uma pressão para a aplicação de multas da EPTC, denunciado pelos
próprios trabalhadores que querem fiscalizar os ônibus e a melhoria das
condições da nossa Porto Alegre, e não apenas fazer a fiscalização do
transporte individual, mas que pode, sim, junto com uma secretaria em comum,
com a Guarda Municipal, a própria EPTC ser parte da política de segurança
municipal, notificando, tendo comunicação com a Guarda, com a Brigada Militar e
com todas as esferas de segurança pública de um dos crimes que mais avança na
nossa Cidade, que são os de roubos de veículos, em geral armados, em geral com
violências. Que foi o que, infelizmente, vitimou a jovem Sara, estagiária desta
Câmara de Vereadores, uma jovem de 22 anos, vítima da violência social, e de
pessoas que roubavam carros e que dispararam, tirando a vida de uma jovem
estudante, com uma vida inteira pela frente. O que é doloroso, e nós queremos
nos solidarizar com a família e com os amigos, e, ao mesmo tempo, nos somar
nessa luta por mais segurança. E uma unificação, Ver. Tarciso, entre a EPTC e a
Secretaria de Segurança Pública, no que diz respeito à integração das
inteligências, poderia ajudar nesta busca necessária.
Concluo, Sr. Presidente, dizendo, portanto, que o que foi
veiculado naquele programa de rádio, é justamente o contrário do que o PSOL tem
defendido, tanto com relação à Guarda Municipal, que nós queremos que seja
valorizada, ampliada e que passe para uma política de segurança das pessoas e
não apenas do patrimônio. Isso significa aumentar o efetivo da Guarda e
garantir melhores condições de trabalho para esses trabalhadores e
trabalhadoras. Isso passa pela construção de um Plano Municipal de Segurança,
que passa, sim, por uma maior integração com os agentes da EPTC, que passa pela
construção de mecanismos que permitam também fazer a prevenção da
criminalidade.
Da
mesma forma, o Luiz Eduardo Soares, que nunca defendeu o desarmamento das
polícias militares, que não mora aqui em Porto Alegre, é um sociólogo
respeitado que entende muito de segurança pública, que mora no Rio de Janeiro e tem
defendido um círculo completo de segurança e, sim, a desmilitarização no
sentido da desvinculação do Exército, construindo uma polícia de carreira
única, com inteligência única, com porta única de entrada, com mais
inteligência, com mais investigação e com mais condições de fazer um trabalho
para reverter o quadro lamentável que está a segurança...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 16h32min): Havendo quórum,
passamos à
Apregoo o Requerimento de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo, que solicita retirada de tramitação da Emenda nº 01 ao PLL
289/14.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo as Emendas nº 02 e nº 03, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, ao PLL nº 289/14.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
João Carlos Nedel, solicitando dispensa do envio das Emendas nº 02 e nº 03 ao
PLL nº 289/14 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ENGº
COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem
da priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à votação
do Requerimento nº 067/16. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE
(Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Engº
Comassetto. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 067/16 – (Proc. nº 1521/16 – Ver. Engº Comassetto e outros – Bancada do PT)
– requer seja encaminhada Moção de Apoio aos Técnicos em Nutrição e
Dietética em apoio ao PL 5056/2013, que tramita na Câmara dos Deputados, de
autoria da Deputada Federal Érica Kokay, que trata da regulamentação da
profissão dos mesmos.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento nº 067/16. (Pausa.) O
Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 067/16, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Cassio Trogildo; meus colegas Vereadores e Vereadoras,
senhoras e senhores; invertendo a pauta para que este possa ser o primeiro
projeto a ser discutido, nós estamos aqui fazendo um encaminhamento desta moção
que apresentamos ao plenário. O assunto foi fruto de um grande debate que
fizemos hoje no período de Comunicações, com a homenagem ao dia do técnico em
nutrição e dietética de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Portanto, a
homenagem que prestamos e o projeto de lei que está tramitando nesta Casa, para
que o dia de hoje, o dia 27 de junho, seja reconhecido como o dia municipal do
técnico em nutrição e dietética, vêm ao encontro da moção aqui apresentada. Na
verdade, a moção foi apresentada pelo conjunto dos técnicos em nutrição ao qual
nós representamos junto aos colegas Vereadores e Vereadoras.
Tem um projeto de lei que tramita no Congresso
Nacional, o PL nº 5.056/13, de autoria da Deputada Federal Erika Kokay, que
propõe a regulamentação da profissão de técnico em nutrição e dietética para
todo o Brasil. Aqui não é preciso aprofundar a importância que tem o tema da
nutrição, da educação alimentar na
sociedade brasileira. Nós fizemos longos debates aqui, há projetos que tratam
da educação infantil. O Ver. Marcantônio veio a esta tribuna fazer referência a
toda defesa alimentar, que deveria ocorrer em todos os segmentos, e falou aqui
sobre a inauguração do restaurante popular. Pois hoje, nas escolas municipais,
isso tem que ser aprofundado, porque nós encontramos, principalmente, nas
periferias, um consumo muito grande de produtos que não têm valores
nutricionais, que são à base de amido e gordura, que fazem com que as crianças
aparentem estar nutridas, mas é a falsa nutrição, que não alimenta, que não sustenta,
que não nutri, e isso gera um conjunto de desequilíbrios no organismo. E nós
encontramos, hoje, prezado Presidente, um conjunto de crianças com menos de dez
anos, prezado Paulo Brum, que já tem diabetes. Isso não existia em larga
escala, Dr. Goulart, como existe hoje, e está ocorrendo devido à falta de uma
alimentação saudável.
O
Técnico em Nutrição é uma profissão instalada, mas não reconhecida ainda. Esse
projeto que está no Congresso Nacional, o PL nº 5.056/13, está fazendo uma
mobilização em todo o Brasil para encontrar apoio. Os Técnicos em Nutrição que
aqui estiveram nos trouxeram essa solicitação, para estender aos 35 colegas
Vereadores, para que nós possamos aprovar uma moção de apoio ao Projeto nº
5.056 e mandar ao Congresso Nacional, ao Senado, ao Conselho Nacional de
Nutrição, à Secretaria, ao Ministério de Educação, ao Ministério da Saúde, para
todos os órgãos que trabalham o tema do reconhecimento profissional.
Portanto,
eu venho aqui fazer o encaminhamento desta matéria e pedir o apoio dos colegas
Vereadores e Vereadoras, até mesmo em homenagem ao período de Comunicações que
aqui tivemos em que a maioria das bancadas se manifestou favoravelmente à
constituição do dia nacional do Técnico em Nutrição e Dietética, bem como do
dia municipal que estamos propondo, que seja o dia de hoje, dia 27 de junho, o
dia de reconhecimento da profissão do Técnico em Nutrição e Dietética. Um
grande abraço, muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Engº Comassetto, o Requerimento nº 067/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.). APROVADO por 22 votos SIM.
O SR. MARCIO
BINS ELY: (Requerimento):
Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para
que possamos, imediatamente, passar à discussão e votação do PLL nº 082/16.
Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Marcio Bins Ely (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. REGINALDO
PUJOL (Requerimento):
Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para
que possamos, logo após a discussão e votação do PLL nº 082/16, passar à
discussão e votação do PR nº 051/15. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Tendo em vista que necessitamos de quórum qualificado para a
votação dos próximos projetos, solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Há
quórum.
O SR. GUILHERME SOCIAS VILLELA: Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação,
para que possamos, logo após a discussão e votação do PLL nº 082/16, discutir e
votar o PLL nº 056/16. Após retornamos à ordem normal.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0934/16 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 082/16,
de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Sérgio Afonso Manica.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 23-06-16 por força do
art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em discussão
o PLL nº 082/16. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.). APROVADO por 28 votos SIM.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Guilherme Socias Villela. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0647/16 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 056/16,
de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que concede o título
de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Lotario Lourenço Skolaude.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Rodrigo Maroni: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 23-06-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o
PLL nº 056/16. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.).
APROVADO por 28 votos SIM.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 028/16 – (Proc. nº 1506/16 – Ver. Luciano Marcantônio) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 08 de julho, às 19h, destinada a homenagear o Sr. Paulo Jorge Amaral
Cardoso, em razão dos relevantes trabalhos realizados por Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento nº 028/16.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que concordam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 068/16 – (Proc. nº 1555/16 – Mesa Diretora) – requer seja o período
de Comunicações do dia 04 de julho destinado a assinalar o transcurso dos 50
anos da Rádio Caiçara.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação Requerimento nº 068/16.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que concordam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem de priorização de votação, para que possamos, logo após a discussão e
votação do PR nº 051/15, votar, em 1º Turno, o PELO nº 001/13. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação Requerimento de autoria do
Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a votação, em 1º
Turno, do PELO nº 001/13, votar a Indicação nº 051/14. Após retornaremos à
ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2726/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 051/15, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, que reinstitui o Prêmio
Tradicionalista Glaucus Saraiva, a ser concedido em sessão solene alusiva à Semana
Farroupilha, individual e anualmente, à
personalidade, ao grupo ou à entidade que se tenha destacado na defesa, na
divulgação, na propagação ou no culto à tradição farroupilha, e o concede ao
senhor Marcus Vinicius Falcão Ferreira, in
memoriam.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 23-06-16 por força do
art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o
PR nº 051/15. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Solicito abertura do painel
eletrônico para verificação de quórum, visto que o próximo projeto necessita de
quórum qualificado. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há quórum.
VOTAÇÃO NOMINAL
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
1º TURNO
PROC.
Nº 0471/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 001/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
altera o § 1º do art. 157 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
garantindo que os serviços de saúde sejam prestados 24 (vinte e quatro) horas
por dia, todos os dias. Com Emenda nº
01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elizandro
Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CEFOR. Relator Ver. João
Carlos Nedel: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01.
Parecer
Conjunto:
- da CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Dr. Thiago: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 04-05-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação, em
1º Turno, o PELO nº 001/13. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a
palavra para encaminhar a votação, em 1º Turno, do PELO nº 001/13.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho aqui, em nome do meu
partido, em meu nome e em nome dos Vereadores Adeli Sell, Sofia Cavedon e
Marcelo Sgarbossa, para encaminhar a votação deste projeto. Nós já falamos no
debate anterior que votaremos favoravelmente ao projeto, porque defendemos os
seus princípios; nós defendemos o direito universal à saúde, e que o direito
universal à saúde seja a saúde pública e gratuita, portanto, Clàudio Janta,
temos uma defesa intransigente do Sistema Único de Saúde, da sua qualificação e
da sua ampliação.
Os postos de saúde e as Equipes de Saúde da
Família envolvem dois ou três conceitos que são debatidos na sociedade hoje
muito fortemente. Primeiro: não tem como fazer o atendimento 24 horas, o
atendimento universal, se não houver recursos, e todos os recursos são
insuficientes para a saúde. E tem um debate lá no Congresso Nacional que nós já
fizemos com V. Exa., que é o debate dos recursos, inclusive o do pré-sal – 25%
dos recursos do pré-sal serem destinados para a saúde; assim como os do fundo
que foi criado no Congresso Nacional para ser destinado à saúde. O
Solidariedade votou contra e fez campanha contra este projeto lá, portanto,
temos que enfrentar aqui este debate para convencer os seus companheiros que lá
estão de que este é um projeto que precisa ter recursos para que possamos
implantar a saúde 24 horas.
Eu não acredito, Ver. Cecchim, que haja alguém
que seja contra a saúde 24 horas. Nós somos favoráveis, mas, como essa emenda à
Lei Orgânica diz que serão garantidos serviços de saúde e que serão prestados
24 horas por dia, todos os dias, eu gostaria de saber o quanto significa isso e
de onde vamos tirar estes recursos. E, aqui, eu quero registrar que o Governo
do Presidente Lula e da Presidente Dilma criaram essa equação para que esses recursos pudessem chegar aqui.
Também
o que está em debate, neste momento, na sociedade são outros dois temas, Ver.
Clàudio Janta, e nós gostaríamos de ouvir V. Exa. aqui. O primeiro é a taxação
das grandes fortunas, que esse dinheiro possa ser destinado para os serviços
sociais e serviços de saúde. E o segundo é a CPMF, para ser direcionada e dar
sustentação à saúde. Porque nós sabemos que por trás do debate da CPMF, entre
querer cobrar mais impostos ou não, tem outra questão, que é o controle do
movimento financeiro. A grande maioria dos que são contra a CPMF e que fazem o
contrabando pelo aumento de impostos é porque, no momento em que tem a CPMF,
toda movimentação financeira é controlada, é rastreada – isso cria a
possibilidade de transparência.
Portanto
venho aqui, em nome da nossa bancada, dizer que votaremos favoravelmente, mas
nós queremos fazer esse debate e que as teses que existem hoje de defesa dos
recursos para serem aplicados na saúde também têm que ser sustentadas junto com
um projeto como este.
O
Ver. Clàudio Janta apresentou dois projetos: o das escolas infantis 24 horas e
dos postos de saúde 24 horas – nós apoiamos os dois. Mas também queremos o
apoio para o debate nacional no sentido de que os recursos que estão apoiados
nas riquezas nacionais sejam direcionados para esse tema. E um dos recursos é
do pré-sal. Se o pré-sal for privatizado, for entregue ao capital internacional
e retirado da gestão da República Brasileira, esses recursos sairão do domínio
do destino para onde estão apontados hoje. Então, queremos, aqui, Ver. Clàudio
Janta, fazer esse debate fraterno e frisando que tem que haver a pluralidade
dos profissionais, não se faz mais saúde só com a possibilidade do médico.
Por
último, Sr. Presidente, quero dizer que estamos numa defesa intransigente do
Programa Mais Médicos. A medicina de atendimento com a participação dos médicos
na cidade de Porto Alegre saiu de uma aceitação de 30% e foi para 90% depois
que entrou o Programa Mais Médicos. Isso ocorreu porque os médicos locais se
negam a fazer atendimento com horário controlado, se negam a fazer um
atendimento que vá ao encontro do paciente. Esse é um debate que temos que
fazer, porque a visão do ensino, da educação da medicina no Brasil é uma visão
elitizada, é uma visão discriminatória e nós defendemos o “Mais Médicos” porque
este programa hoje tem aceitação de 95% da sociedade do Brasil, que estará
sofrendo um desmonte neste momento pelo atual Ministro da Saúde. Então para ter
postos de saúde 24 horas temos que ter médicos, temos que ter enfermeiros,
temos que ter nutricionista...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação, em 1º Turno, do PELO nº 001/13.
O SR. DR.
THIAGO:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero parabenizar o Ver.
Clàudio Janta pelo projeto. Quero dizer que é factível e entendo que a sua
emenda corrobora mais ainda para tornar o projeto possível. V. Exa. coloca que
em suas unidades básicas, unidades de pronto atendimento, centro de atendimento
de hospitais que prestam serviço hospitalar 24 horas do dia, em todos os dias
da semana, o Município deverá garantir os dispositivos estabelecidos neste
artigo 1º de forma progressiva a partir da publicação na Lei Orgânica. Então
quero manifestar apoio total e irrestrito ao seu projeto e quero dizer que vejo
viabilidade nele. Claro que depende de duas questões básicas: gestão e
financiamento. É claro que depende. O Ver. Engº Comassetto, que me antecedeu,
falou em taxação das grandes fortunas. Acho que se nós taxarmos a grande
fortuna do filho do Lula vamos ter um bom recurso. Se nós diminuirmos a
corrupção que existia na Petrobras vamos ter muito recurso para isso. Se nós
não tivéssemos feito a Copa do Mundo nós teríamos mais recurso para isso. No
Estado do Amazonas existe um campo de futebol, a Arena do Amazonas. Se
juntarmos todas as pessoas que foram ao estádio no último ano, pessoas que
foram duas ou três vezes, e colocarmos na arena, não vão encher o estádio. Foi
isso que fizeram. CPMF. O Vereador vem falar em CPMF. A população está saturada
de imposto. A população não aguenta mais imposto. Se o Governo Federal a não fazer mais paternalismo e usar o chapéu
da sociedade para fazer demagogia e aplicar os 12% em saúde, vamos ter recursos
para a saúde, vai sobrar recursos para fazer outras ações. Nós não vamos deixar
as UPAs como o Governo Tarso Genro deixou, as UPAs fantasmas pelo Interior do
Estado: levantaram os prédios de forma demagógica, sem responsabilidade com o
dinheiro público, e eles não estão funcionando até hoje. Nós precisamos, sim,
ter gestão, e precisamos, sim, ter financiamento. Se tivéssemos menos
corrupção, certamente esse dinheiro apareceria.
Eu vou usar esse tempo que me resta só para falar do Mais
Médicos. O Mais Médicos é um problema, Vereador, são pessoas que não tem
capacitação no Brasil com liberdade de exercer sua atividade profissional. Se a
lógica é essa, temos que fazer o Mais Engenheiros também, mas não trazer guerrilheiros,
como trouxeram de Cuba, para fazer política institucional e partidária. Temos
que ter respeito pelas classes profissionais. O Ver. Engº Comassetto,
reiteradas vezes não tem respeito pelos médicos, e depois vem a esta tribuna
reclamar que, infelizmente, determinada pessoa teve uma colocação do
profissional médico e dizer que não se responsabilizaria por aquele quadro por
não se sentir à vontade para atender. Então, quem fomenta o ódio como tem
fomentado aqui alguns Vereadores, e o Ver. Comassetto em especial, só pode ter
a repulsa da sociedade. A sociedade tem dito reiteradas vezes que o Programa
Mais Médicos é insuficiente, ainda mais utilizado dessa forma. Por que não
criaram, em vez disso, uma carreira federal de médico, para interiorizar o médico...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DR.
THIAGO: ...Por
que, sem dúvida nenhuma, o projeto não era prover atendimento à população que mais precisa, o projeto
era eleitoral, era eleitoreiro, ele, sim, foi o verdadeiro estelionato
eleitoral que a população do Brasil sofreu.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. ENGº COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que o Ver. Dr.
Thiago retire das notas taquigráficas a sua fala em que este Vereador fomenta o
ódio no debate em relação ao Mais Médicos, ou aos médicos. Isso não está
correto, eu tenho uma discordância do encaminhamento que o Sindicato Médico
defende no Rio Grande do Sul e eu combato isso. Eu defendo o Mais Médicos como
uma política correta. Portanto, isso não é fomentar o ódio, é fazer um debate.
E eu admiro os médicos, tenho médico na minha família, e tenho muitos amigos
médicos, mas é diferente de nós fazermos um debate da política pública de saúde
quanto aos profissionais que a atendem. Quero deixar esse registro aqui. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): As manifestações da tribuna são de
responsabilidade individual de cada Parlamentar, somente o Parlamentar pode proceder
ou não a sua retirada das notas taquigráficas.
O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para
encaminhar a votação, em 1º Turno, do PELO nº 001/13.
O SR. DR.
GOULART: Sr.
Presidente, meu colega, Ver. Cassio Trogildo; Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, o modus faciendi de uma
ação como essa tem que ser julgado pela PGM, pelos nossos jurídicos aqui. Mas
que se precisaria ter um posto 24 horas em cada região da Cidade, precisaria.
Isso eu não tenho, absolutamente nenhuma dúvida. Mesmo porque um atendimento
numa casa dessas de 24 horas, ele custa, vou dar um exemplo, ele custa R$ 4,00
por pessoa. Lá no Grupo Hospitalar Conceição, no Hospital de Clínicas, lá na
PUC, esse atendimento passa para em torno de R$ 53,00 por pessoa, porque é uma
estrutura muito grande para dar uma receita de gripe, de pneumonia, que pode
ser tratada em casa, e para outras coisas do gênero. Então, são necessários
postos 24 horas para amainar a tragédia que é a espera da sala vermelha, da
sala laranja, da sala verde, da sala branca nos hospitais. E por que eu venho
dizer isso? Porque assim como o Ver. Janta, não do mesmo jeito que ele
apresentou, eu apresentei há tempos, aqui, e nós conversamos sobre isso há
alguns anos, os postos 24 horas em quatro pontos cardeais da Cidade. Eu não tinha
tanta ambição de botar em
todos, embora eu ache que precise, mas eu, pelo menos, queria quatro postos de
saúde 24 horas além dos que já existem. Seria barato, as pessoas não iam
reclamar e seriam atendidas. Assim como, na mesma época, eu apresentei um projeto
de terceiro turno na saúde. Por que os postos de saúde e os postos do Hospital
Fêmina e do Hospital Conceição atingem só um atendimento entre 7h e 11h e entre
12h e 16h? Por que não fazem um atendimento das 19 às 23h? Claro que precisaria
disso, porque o pai e a mãe chegam em casa, a criança está com febre, a criança
está doente; eles vão deixar para o outro dia de manhã para fazer o atendimento
ou vão correr para o Conceição às 5h da manhã? Claro que vão correr para o
Conceição, e o Conceição está envolvido com infarto, com abdômen agudo, com a
pancreatite, com coisas que poderão ser curadas e que vão levar à morte pela
espera. Então, eu acho que o mérito do trabalho do Ver. Janta é enorme.
Precisamos de postos 24 horas um pouco menos complexos? Precisamos ter.
Terceiro turno em saúde, precisamos ter sempre! Agora, como vai se fazer isso,
aí não é a nós que pertence isso. Nós temos que conversar com o jurídico e ver
como isso pode ser apresentado. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Precisamos
de atendimentos 24 horas para a nossa gente, eu não tenho dúvida nenhuma. E o
terceiro turno da saúde; sei até que médico precisa ter no terceiro turno.
Precisa de clínico, de pediatra, de ginecologista e obstetra e de um
urologista. Porque nós não temos urologista para os homens, assim no mais. Para
fazer um exame de próstata é um horror, Ver. Guilherme Socias Villela. É um
horror! A gente não consegue fazer. Tem que primeiro consultar no postinho
para, daqui a seis meses, chegar num médico urologista. Então, tinha que ter um
posto... Então, posto 24 horas, viva! Terceiro turno, viva! Agora, como fazer
para não fazer uma excrescência de âmbito legal? Muito que bem. Posto 24 horas
sempre!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para encaminhar a
votação, em 1º turno, do PELO nº 001/13.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, este projeto é um projeto de emenda popular.
Eu sou somente um condutor deste projeto. Este projeto foi entregue aqui nesta Casa, houve 114 mil assinaturas
para esse projeto. Esse projeto foi construído pela população de Porto Alegre
no decorrer de um ano e meio, esse projeto foi aprovado na Conferência
Municipal de Saúde, em todas as conferências municipais de saúde que ocorreram,
o primeiro tema aprovado foi esse – está aqui a Ver.ª Jussara, que também
participou das conferências, foi membro e delegada da Conferência Estadual e da
Nacional de Saúde. Esse projeto está na Conferência Municipal de Saúde, foi
levado para a Conferência Estadual de Saúde, com cidades acima de 100 mil
habitantes, e foi levado para a Conferência Nacional de Saúde, com cidades
acima de 150 mil habitantes – o tema da abertura 24 horas dos postos de saúde.
Esse projeto foi debatido, discutido e aprovado em todas as regiões do
Orçamento Participativo da cidade de Porto Alegre, debates de que participei,
com membros desta Casa, em todas regiões do OP, não somente no ano passado; em
todas as regiões do OP, em todas as participações e discussões do Orçamento
Participativo esse projeto foi discutido e debatido na temática de saúde na
cidade de Porto Alegre. Esse projeto chegou à Câmara de Vereadores de carrinho,
foram entregues ao Presidente da Câmara as assinaturas para a abertura dos
postos de saúde. Em relação a isso, está prevista a receita no orçamento do
Município, estão previstas receitas na LDO, estão previstas receitas na LOA,
estão previstas receitas no Município de Porto Alegre, receitas vindas da
União, receitas vindas do Estado. Isso é um anseio da população de Porto
Alegre, dito por administradores do Hospital de Clínicas, dito por
administradores do Grupo Hospitalar Conceição, dito por centenas de médicos: a
abertura das unidades básicas de saúde vai desafogar as emergências dos
hospitais em Porto Alegre; a abertura das unidades básicas de saúde vai
desafogar as UPAs, porque, muitas vezes as pessoas procuram as UPAs buscando
assistência médica por coisas que podem ser resolvidas nas unidades básicas de
saúde. Em contraponto, o Governo diz que abriu um ou dois postos de saúde, mas
que não tem movimento; em contraponto, o Governo diz que abriu um ou dois
postos de saúde e não tem segurança. Eu acho que nós não podemos nos render,
não podemos nos curvar. As pessoas precisam de saúde como precisam de educação,
e esta Câmara de Vereadores deu a educação para o povo de Porto Alegre. Eu acho
que esta Câmara de Vereadores não pode se negar a dar saúde ao povo de Porto
Alegre. Receita para isso tem.
Acho
que a Emenda nº 01 propõe, como foi na questão da educação, gradativamente,
junto com os hospitais, junto com as administrações dos hospitais, que
gerenciam alguns postos de saúde, abrirmos as unidades básicas de saúde. Agora
não podemos funcionar em horário de banco. Nós não podemos negar à população de
Porto Alegre o direito sagrado à vida, o direito sagrado à saúde. É o nosso
papel como legisladores dar saúde ao povo de Porto Alegre.
Então
este projeto chega até aqui, e eu venho, como transmissor, pedir aos colegas
Vereadores que, como a questão da educação, pensem no povo de Porto Alegre, que
os colegas Vereadores votem a favor da saúde de Porto Alegre. Receita para isso
tem; o que falta é vontade política. E nós temos que ser os condutores das mais
de 100 mil assinaturas que chegaram de carrinho aqui nesta Câmara para que isso
ocorra, para que isso chegue até a ponta, para que isso chegue aos
trabalhadores e trabalhadoras que necessitam da saúde aberta até as 24 horas.
Muito obrigado, Sr. Presidente, e peço encarecidamente aos Pares que votem não
somente na Emenda nº 01, mas na essência da lei que permite que a cidade de
Porto Alegre tenha, gradativamente, acesso à saúde 24 horas.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra
para encaminhar a votação, em 1º Turno, do PELO nº 001/13.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, povo que nos assiste pela TVCâmara e das galerias; Ver. Clàudio
Janta, quando se pede posto 24 horas, fica-se imaginando que, se não temos a
saúde 24 horas, Ver. Dr. Goulart, então as pessoas têm horário para ficar
doente, dias marcados. Nós sabemos que a realidade não é essa, principalmente
quando se tem filho pequeno... e parece que é sempre à noite, na madrugada, que
vai aparecer a febre. E aquela pessoa, principalmente da comunidade, que,
muitas vezes, não tem um veículo próprio, não tem um carro, seu salário é
curto, Ver. Tarciso, e não tem condições de pegar um táxi. Como é que faz com
aquele filho pequeno de um, dois, três anos de idade que queima em febre? Ele
não tem nem como chegar ao Hospital Conceição ou ao Hospital da Criança Santo
Antônio, vai ter que esperar até o outro dia pela manhã para ir ao posto de
saúde para ver se consegue uma ficha para ser atendido.
Eu
gostei muito das palavras do Ver. Dr. Goulart, que é médico e entende. Nós não
podemos deixar a população desassistida. Sabemos que o custo é alto, mas a
saúde vem em primeiro lugar. Portanto nós temos que ter um mínimo de condições
para que essas pessoas possam ser atendidas. Nós sabemos que hoje os hospitais
estão lotados, e, muitas vezes, bastaria um médico lá na comunidade para fazer
aquele primeiro atendimento, porque, para o médico, é uma coisa simples, mas,
para os pais, é uma coisa grave, já que eles não sabem o que está acontecendo.
Aí, o que nós vemos hoje são os hospitais lotados com problemas de garganta, de
ouvido, febre, que já poderiam ter sido atendidos. E o custo desse posto 24h,
que estão dizendo que é alto, vai se tornar muito mais barato, porque vai
deixar de se gastar lá no hospital, que é complexo, que é um atendimento mais
caro, que tem que ter toda uma estrutura montada, porque não tem um médico na
comunidade. Caso tivesse o posto 24h para dar aquele primeiro atendimento, estaria
resolvido o problema, sem o custo da família se deslocar pegando um táxi ou
pedindo para um vizinho levar e diminuindo o custo lá no hospital.
Eu
sou totalmente favorável a que se tenha o atendimento nas comunidades, próximo
a casa de cada um, para que a gente possa encaminhar e resolver esse problema
lá no nascedouro, impedindo que aquelas mães e aqueles pais deixem de ir até o
hospital, o que acaba agravando o problema de saúde, e, depois, se gasta mais
ainda. Também o caso daquela dor no peito que o cidadão tem, que não sabe se é
infarto, se não é infarto, se vai ao Pronto Socorro, se não vai; acaba não
indo, porque não tem condições de ir; passa mal, vai para o hospital; depois,
vai gastar mais do que se tivesse tido um atendimento rápido, de urgência, ali
no posto de saúde na esquina da sua casa. A gente sabe que as condições
financeiras do Município não são as melhores, mas, se fizermos um esforço, com
boa gestão, com bom trabalho, a abertura de um posto de saúde 24h por região do
Orçamento Participativo já ajudaria muito a desafogar os hospitais da Cidade e, com isso, a
economia que se faria nos hospitais, certamente, teremos condições de pagar
esse posto de saúde. Então a boa gestão, o bom trabalho e a boa conduta também
vai nos ajudar a resolver o problema daquele cidadão que está lá desassistido
na nossa comunidade. Portanto, Ver. Clàudio Janta, pode contar com este
Vereador, porque estaremos juntos votando porque sabemos da necessidade da
população. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento):
Solicito a o adiamento da votação, em 1º Turno, do PELO nº 001/13 por
uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Mauro Zacher, o Requerimento de autoria do Ver.
Clàudio Janta. (Pausa.)
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr.
Presidente, retiro o meu Requerimento.
O
SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Há
quórum.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
IND. Nº 051/14
– (Proc. nº 2399/14 – Ver. Marcelo Sgarbossa) – ao Executivo
Municipal, que sugere implementar testes a fim de avaliar a possibilidade do
transporte de bicicletas no interior dos veículos integrantes do serviço de
transporte coletivo do Município de Porto Alegre, em horários alternativos.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Indicação nº 051/14.
(Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação
da Indicação nº 051/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa
tarde, ainda que se trate de uma Indicação, quero aqui explicar se algum colega
Vereador e Vereadora não se atentou a algum detalhe dessa sugestão que estamos
fazendo ao Executivo. Trata-se aqui de algo que está sendo implementado já em
algumas cidades, como São Paulo, Curitiba, com sucesso, e nós aqui estamos
indicando um teste, quero aqui já agradecer a sensibilidade da Liderança do
Governo, que libera a base, porque estamos sugerindo que a EPTC realize testes,
e, quando você faz testes, se bem feitos, se consegue analisar os impactos
positivos e eventualmente negativos, e pode implementar uma política. Acho que
a ideia do teste é essa, não fazer testes para não dar certo, o que é possível
fazer também. Então, estamos aqui sugerindo com base numa experiência muito
concreta. Em fevereiro de 2014, nós estivemos em Curitiba, no Fórum Mundial da
Bicicleta, e chegamos no aeroporto com as bicicletas, eu e dois colegas do
Gabinete, e pudemos entrar dentro do ônibus com as bicicletas. Não era um
horário de pico, é o que estamos colocando aqui no texto da Indicação, fora dos
horários de pico, não se quer que a bicicleta seja algo que atrapalhe a
circulação de pessoas, mas a gente sabe que em determinados horários, no meio
da tarde, no meio da manhã, existem muitas linhas em que os ônibus transitam
com pouquíssimos passageiros. Então, é possível, sim, talvez limitando o número
de bicicletas dentro do ônibus, fazer testes e verificar a possibilidade de
fazer a interligação entre os modais, que é uma grande bandeira de quem defende
uma mobilidade urbana de forma inteligente. A ideia, também tenho que fazer a
ressalva aqui, do projeto do Ver. Pedro Ruas e da Ver.ª Fernanda, não é
excludente, logicamente, já é um sistema adotado em muitos países a colocação
de um rack na frente do ônibus, aí,
sim, não tira espaço de circulação de passageiros, em varias cidades do mundo
se usa esse rack, se não me engano,
durante o I Fórum Social Mundial em Porto Alegre, algumas linhas da Carris
colocaram esse rack com sucesso.
Então, vejam que não se trata de algo muito novo.
Quero, de novo, agradecer a liberação pela base
do Governo – pois eu vi que essa é a orientação do da base do Governo – para
implementarmos um teste e que a EPTC possa implementar testes. A implementação
de testes é uma sugestão. Claro que gostaríamos que eles fossem, desde o
início, concebidos e aplicados com a participação social. Eu acho que, se em
outras cidades deu certo, porque não dar certo aqui em Porto Alegre? Mas o
teste, como falei antes, precisa ser bem feito para, no mínimo, conseguir
avaliar os resultados.
Então, agradeço a votação favorável dos demais
colegas Vereadores e Vereadoras. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação da Indicação nº 051/14.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Quero
encaminhar favoravelmente à indicação do Ver. Marcelo Sgarbossa. Inclusive, o
Vereador se referiu ao projeto meu e do colega, à época, Ver. Pedro Ruas, que
agora está na Assembleia Legislativa. A indicação do Ver. Marcelo sugere que se
façam testes de transportes de bicicleta dentro dos ônibus, fora do horário de
pico. É bastante importante a realização de testes que possam mostrar aquilo
que estamos tentando garantir e implementar com o nosso projeto. Eu quero
agradecer ao André, ao Leonel e tantos outros, porque, de fato, nós precisamos
avançar na ideia de incluir na nossa legislação uma garantia de que haja
integração entre os ônibus e as bicicletas, sob pena de não se desenvolver uma
outra forma necessária de meio de transporte que é a bicicleta. Isso não seria
custoso, não ocuparia espaço dentro dos ônibus porque os racks ficarão do lado de fora.
Nós temos experiências no mundo à revelia. E, no
Brasil, cidades que avançam como Curitiba, São Paulo e outras que já colocam os
racks como um dos elementos
necessários nos seus sistemas de transporte coletivo. E nós, que fomos
pioneiros em tantas coisas em Porto Alegre, Ver. Dr. Goulart; pioneiros na
coleta seletiva dos resíduos sólidos, pioneiros na política de reciclagem, na
instituição do Orçamento Participativo. Estamos vendo todo esse pioneirismo,
por um lado, se perder, assim como a ausência de uma visão mais arejada, mais
inclusiva da cidade de Porto Alegre. É o caso dos racks nos ônibus. Não tem sentido não ter uma previsão legal para
garantir que alguém possa sair de bicicleta da Restinga, pegar um ônibus no
meio do caminho e pedalar um pedaço do trajeto. Não existe nenhuma lógica a não
ser não permitir, de fato, a integração desses modais de transporte.
Eu estou adiando o meu projeto e do Pedro Ruas,
eu já tinha falado com vários Vereadores que se disseram favoráveis ao nosso
projeto. Nós estamos adiando por duas Sessões, queremos votá-lo, no máximo, na
segunda-feira, mas estamos convictos de que é necessário que Porto Alegre
avance. Nós aceitamos as emendas que sugeriram: 20% da frota, um GT da
Prefeitura para regulamentar a lei, viabilizando a forma adequada para inserir
no sistema de transporte coletivo; nós aceitamos a ideia de que o motorista
acione uma válvula que tranque essa bicicleta, dando segurança ao usuário e, ao
mesmo tempo, garantindo que não haja a ocupação desse espaço. Nós precisamos
avançar nessa visão com relação ao desenvolvimento e ao respeito dessa
modalidade de transporte, à integração dos modais de transporte e, ao mesmo
tempo, retornar ao pioneirismo de uma cidade que tem um Plano Diretor
Cicloviário que, infelizmente, anda a passos lentos – mas foi uma vitória
enorme aprovar o Plano Diretor Cicloviário. Eu lembro – eu estava no meu
primeiro mandato –, nós comemoramos a ideia de um Plano Diretor Cicloviário
nesta Cidade. Foi uma conquista do cicloativistas, teve o nosso voto favorável,
mas nós vemos que ele anda devagar. E mais do que isso: iniciativas inclusivas
de respeito ao ciclista e de respeito à bicicleta como meio de transporte
parecem encontrar resistência em alguns lugares. Mesmo assim nós seguiremos lutando e seguiremos apostando que será
possível trazer essa conquista para a cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a
votação da Indicação nº 051/14.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu
conversei com a Ver.ª Fernanda sobre o projeto dela, dos racks nos ônibus, agora, o Ver. Sgarbossa sugere implementar testes
para levar as bicicletas dentro dos ônibus. Eu não sei, eu acho que ainda dá
para fazer algum... Esses dois projetos, ou fizemos um ou fizemos o outro,
porque se nós formos tentar os dois, não vamos conseguir emplacar nenhum. Eu
quero dizer que eu já me comprometi em votar no projeto da Ver.ª Fernanda, o do
rack externo. Eu acho que um projeto
prejudica o outro. Eu acho que seria bom vocês, se possível, conversarem e
acertarem para votarmos somente um desses projetos. Se nós formos votar
carregar de modo interno e externo, estaremos dando uma margem para não se
fazer nem um e nem outro, e eu gostaria que se aproveitasse bem isso. Eu, às
vezes, reclamo de alguma ciclovia, mas não sou contra andar de bicicleta, não,
eu sou bem favorável. Eu acho que tem que se criar condições para se fazer
essas coisas. Os dois projetos são bons, os dois são criativos, mas eu gostaria
de solicitar aos dois Vereadores, se possível, que fizessem com que votássemos
em somente um deles. Obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, diante da fala
do Ver. Idenir Cecchim, solicito o adiamento da votação da Indicação nº 051/14
por duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA
(Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo):
Solicito abertura do painel
eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Tarciso Flecha
Negra. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.
Está encerrada a Ordem do Dia e os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h49min.)
* * * * *